Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Natasha Kim de Oliveira da |
Orientador(a): |
Manfro, Gisele Gus |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/194630
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Resumo: |
Introdução: Ainda não existem resultados consistentes na literatura sobre o comportamento alimentar dos pacientes ansiosos, assim, o objetivo deste trabalho é investigar aspectos neurocognitivos, atencionais e antropométricos que podem influenciar o comportamento alimentar de indivíduos com Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). Métodos: Sessenta e quatro indivíduos adultos com diagnóstico de TAG (média de idade= 34±12; 80% sexo feminino) participaram deste estudo transversal. Os participantes realizaram medidas antropométricas em jejum. Em seguida, foram aplicados os questionários Three Factor Eating Questionnaire (TFEQ) – que avaliam os domínios Alimentação Emocional, Descontrole Alimentar e Restrição Cognitiva; Barratt Impulsiveness Scale (BIS11) – que avaliam os domínios Falta de Planejamento e Controle Inibitório; Five Facet Mindfulness Questionnaire (FFMQ)- que avalia o mindfulness de forma multidimensional; uma Tarefa Neurocognitiva com imagens neutras e de alimentos e uma Tarefa Alimentar. Todos os modelos de regressão construídos para as análises foram controlados por sexo e idade. Resultados: Os sintomas ansiosos (p=0,009) e o maior percentual de gordura (p=0,013) se mostraram mais prevalentes nos indivíduos com maior comer emocional quando comparados aos com menor comer emocional. O descontrole alimentar mostrou uma relação positiva com os sintomas ansiosos, o IMC e o estado mindful no cotidiano (p<0,001). Por outro lado, a restrição alimentar cognitiva se relacionou apenas com o IMC e de forma negativa (p=0,012). Os erros da tarefa neurocognitiva frente a imagens de alimentos, ou seja, o controle inibitório frente a pistas alimentares se relacionou com o IMC e com os dois domínios do comportamento impulsivo: a falta de planejamento e o controle inibitório (p<0,001). Os erros frente a imagens neutras foram influenciados apenas pela a idade (p=0,010). O consumo de biscoitos na tarefa alimentar se relacionou positivamente com a falta de planejamento e o controle inibitório e negativamente com IMC (p<0,001). Conclusão: Foi observada a influência dos sintomas ansiosos, da impulsividade, do estado mindful no cotidiano e do estado nutricional (IMC/percentual de gordura) em desfechos diversos referentes ao comportamento alimentar nessa população com TAG. Esse achado ressalta a importância de individualizar o tratamento nutricional, com o objetivo de alcançar maior efetividade em estratégias tanto nutricionais, como psiquiátricas, psicológicas e/ou neurocognitivas. |