A influência de polimorfismos de fatores de restrição na suscetibilidade ao HIV e na progressão à Aids

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Polo, Tiago Antonio
Orientador(a): Almeida, Sabrina Esteves de Matos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/170198
Resumo: Fatores de restrição são as primeiras proteínas celulares envolvidas no combate a infecções virais, são considerados uma defesa intrínseca das células, constituindo-se em uma rápida resposta frente a invasão de patógenos. Essas moléculas são bastante diversas e são capazes de interferir em algum ponto do ciclo viral, atenuando ou bloqueando a evolução da infecção. Após a descoberta da existência desses fatores, alguns estudos têm direcionado o foco para as possíveis alterações genéticas que podem influenciar a estrutura dessas proteínas e, deste modo, interferir sobre suscetibilidade e progressão de doenças infecciosas, como a infecção pelo HIV/aids. O objetivo do presente estudo foi avaliar três SNPs de três diferentes fatores de restrição (o TRIM5α – rs10838525, a APOBEC3F – rs2076101 e o CUL5 – rs7117111) e observar suas frequências em diferentes grupos étnicos, bem como a associação desses fatores com a suscetibilidade ao HIV e a progressão a aids, em um grupo de soronegativos e soropositivos. Foram selecionados 345 indivíduos HIV+ atendidos no setor de Infectologia do Hospital Nossa Senhora da Conceição e 324 indivíduos HIV– doadores de sangue do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Os SNPs foram identificados através da técnica de PCR TaqManTM. O teste qui-quadrado foi utilizado para a análise das frequências e por regressão logística univariada foi avaliado o OR com 95% de IC entre os modelos dominantes e recessivos. Entre os SNPs estudados apenas o rs7117111 apresentou resultado estatisticamente significativo para o genótipo GG em relação a proteção ao HIV-1 (OR 0,661, IC 95% 0,449-0,974, P=0,036) e esse mesmo genótipo, também, parece estar relacionado aos progressores rápidos, pois apresentou uma tendência nessa relação quando ajustado pela etnia (OR ajustado 2,115, IC 95% 0,990- 4,520, P=0,053). Tais achados demonstram que alterações genéticas, especificamente no gene CUL5, podem influenciar a suscetibilidade ao HIV-1 e podem, também, interferir na progressão a aids. Esses resultados geram questionamentos de grande valia para um maior entendimento da influência genética do sistema de defesa intrínseco celular no curso da infecção.