HIV/AIDS EM IDOSOS: DISCURSOS PRODUZIDOS PELOS SUJEITOS ENVOLVIDOS NO PROCESSO DE CUIDAR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: BARROS, TICYANNE SOARES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=83652
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Atualmente, verifica-se o aumento significativo de casos de Aids em idosos, estes vivenciam aspectos subjetivos diversos relacionados ao processo de envelhecimento e ao diagnóstico de uma doença permeada por estigmas e preconceito. Desta forma, destaca-se o cuidado de enfermagem como dispositivo de implicação do sujeito no seu processo de cuidar. Assim, os objetivos do estudo em tela foram analisar os discursos produzidos por meio de vivências de idosos com HIV/Aids e por enfermeiras que cuidam desses idosos em cinco Serviços Assistenciais Especializados em HIV/Aids de Fortaleza, CE, Brasil. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado com 30 idosos e 12 enfermeiras que atuavam nos serviços. Os dados foram coletados por meio da técnica de entrevista em profundidade, no período de julho a novembro de 2015. O referencial teórico e metodológico utilizado foi a Análise de Discurso, na perspectiva da corrente francesa de pensamento. Os aspectos éticos e legais foram considerados de acordo com a Resolução 466/12. A análise direcionou a duas formações discursivas que compreenderam os discursos dos idosos: “Lembranças repletas de perdas” e “Silêncios que falam: o não-dito associado à Aids”, abrangendo as diversas perdas trazidas por esses sujeitos e o silêncio ao se falar da Aids. No caso das enfermeiras, duas formações discursivas também compreenderam seus discursos: “Pedagogização do cuidado: eu sei e você não sabe” e “O lugar do idoso na percepção do enfermeiro: infantilização”, estas trazem o enfermeiro enquanto detentor da verdade, que sabe o que é melhor para o paciente em nome da ciência e, ainda, a percepção do idoso como uma criança. Enfatizam-se discursos sustentados pela ideologia capitalista, pelo modelo biomédico e pelo senso comum. Propõe-se aos enfermeiros uma reflexão sobre o cuidado que concebem e a utilização da escuta como diferencial no cuidado, percebendo o cuidado de enfermagem para além do biológico, proporcionando não uma relação objetificada, mas, sim, uma relação na qual o paciente possa se perceber enquanto sujeito.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Cuidados de Enfermagem. HIV. Idoso. Subjetividade.</span></font></div>