Desenvolvimento e avaliação in vivo de pós e grânulos contendo fenitoína nanoencapsulada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oliveira, Edilene Gadelha de
Orientador(a): Beck, Ruy Carlos Ruver
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/188748
Resumo: Este trabalho visou desenvolver pós e grânulos contendo nanocápsulas de fenitoína, avaliando suas propriedades físico-químicas e biológicas. Os pós foram obtidos por spray-drying, usando maltodextrina como adjuvante de secagem. Após a sua reconstituição em água, as características nanométricas da suspensão original foram recuperadas. As nanocápsulas revestidas com quitosana e carregadas com fenitoína, assim como seus pós redispersíveis, apresentaram boa estabilidade gastrointestinal e foram aptas a controlar a liberação do fármaco. Além disso, os pós redispersíveis melhoraram a atividade anticonvulsivante in vivo, em comparação com o fármaco não encapsulado. Em outra etapa do estudo, os grânulos foram produzidos em leito fluidizado, empregando nanocápsulas contendo fenitoína ou água, como aglutinantes, e uma mistura de maltodextrina e fenitoína, como substrato. O aumento no tamanho dos grânulos e as pontes sólidas foram responsáveis pelas melhores propriedades de fluxo dos grânulos contendo nanocápsulas. Suas características nanométricas foram recuperadas após reconstituição em água, apresentando boa redispersibilidade. A presença de nanocápsulas e o menor tamanho de partícula promoveram uma rápida liberação do fármaco a partir dos grânulos redispersos, os quais tiveram um efeito anticonvulsivante promissor, considerando que somente 10% do fármaco total está na forma nanoencapsulada. No intuito de explicar suas melhores propriedades tecnológicas e a performance superior in vivo, o efeito das nanocápsulas no crescimento do grânulo e em suas propriedades de mucoadesão foi avaliado. O crescimento do grânulo foi dependente do volume de aglutinante pulverizado. Um modelo esquemático da estrutura dos grânulos, proposto a partir das análises morfológicas, demonstrou que as nanocápsulas estão recobrindo a sua superfície e as pontes sólidas. Além disso, a principal barreira para controlar a liberação do fármaco foram as nanocápsulas, que circundam os aglomerados e são responsáveis por uma liberação lenta inicial, seguida por uma liberação rápida da fenitoína não encapsulada. Na última etapa, uma propriedade mucoadesiva superior foi encontrada para estes grânulos, sendo explicada pelo efeito combinado das nanocápsulas e da maltodextrina sobre a mucosa intestinal. Portanto, os pós e os grânulos contendo nanocápsulas de fenitoína melhoraram as propriedades tecnológicas e biológicas, apresentando-se como formas sólidas promissoras para reconstituição em água, na terapia anticonvulsivante para pacientes pediátricos e idosos.