Ensaio clinico randomizado de telemonitoramento de pacientes com insuficiencia cardíaca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pedraza, Leticia Lopez
Orientador(a): Silva, Eneida Rejane Rabelo da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/213533
Resumo: Introdução: Apesar dos avanços atuais no tratamento e monitorização de pacientes com insuficiência cardíaca (IC), os resultados após a hospitalização ainda estão abaixo das expectativas. É difícil manter os benefícios de estudos no cenário real, principalmente a médio e longo prazo. Por esse motivo, são necessárias estratégias de transição de cuidados mais pragmáticas, principalmente para que seus resultados se prolonguem por mais tempo. Este estudo foi desenvolvido para preencher esta lacuna no cenário de pacientes com IC. Objetivo: Avaliar a efetividade da promoção do conhecimento e do autocuidado em IC, utilizando uma estratégia automatizada de telemonitoramento baseada no envio de SMS (Short Message Service). Métodos: Subanálise de um ensaio clínico randomizado multicêntrico. O Grupo Experimental (GE) e o Grupo Controle (GC) receberam instruções para a alta hospitalar conforme padrões usuais das instituições, mais um guia de orientações sobre IC e um agendamento de visita de acompanhamento de 30 dias. Apenas o GE recebeu um guia que explicava sobre as mensagens de texto diárias, uma balança e um aparelho de pressão. Os desfechos desta subanálise foram o Conhecimento da IC e Autocuidado, extraídos do banco de dados do estudo principal. Para avaliar o conhecimento foi aplicado um questionário composto por 14 perguntas, que considera que o paciente tem conhecimento adequado com 70% das respostas corretas. As habilidades para o autocuidado foram mensuradas usando a Escala Europeia de Comportamento de Autocuidado para Insuficiência Cardíaca (EHFScBs) versão brasileira, composta por 12 itens em que a pontuação máxima a ser atingida é de 60 pontos; quanto menor a pontuação, melhor o autocuidado. Resultados: Em uma amostra de 117 pacientes, a idade média no GE foi de 60 ± 12 e 59 ± 12 anos no GC; em ambos os grupos, os pacientes foram predominantemente do sexo masculino (39 (66%) no GE e 34 (58%) no GC; 47% tinham ensino fundamental incompleto; O escore basal do questionário de conhecimento de IC foi 71% ± 21 no GE e 69 % ± 17 para o GC e, para o questionário de autocuidado, foram 27 ± 9 e 26 ± 8 pontos, respectivamente. O escore final de conhecimento após 30 dias de seguimento não diferiu significativamente entre o GE e o GC. O GE aumentou 11,1 pontos e o GC 11,6 pontos no escore (83% ± 16 vs 81% ± 16; p = 0,908). O escore final de autocuidado após 30 dias de seguimento diferiu significativamente entre o GE e o GC. O GE diminuiu 6,1 pontos e o GC diminuiu 3,5 pontos no escore (20 ± 7 vs 22 ± 8; p = 0,014). O conhecimento aumentou significativamente em todos os pacientes em 30 dias, independentemente do grupo de alocação, 70% ± 19 para 82% ± 16; p <0,001. Conclusão: Ao final de 30 dias, o conhecimento não aumentou significativamente entre os grupos. No entanto, houve um aumento significativo no autocuidado em pacientes no GE. Como forma de promover o autocuidado da IC, a intervenção por SMS combinando com consultas, aparelhos para verificar parâmetros hemodinâmicos e um guia de orientações sobre IC pode ser uma estratégia adequada de transição de cuidado após a alta de pacientes internados por IC agudamente descompensada. Mais estudos cuidadosamente projetados com amostras robustas são necessários para confirmar esses achados.