Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Baquero, Karen Andrea Molina |
Orientador(a): |
Vaz, Marco Aurelio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/264281
|
Resumo: |
A presente dissertação teve como objetivo avaliar os efeitos agudos da fotobiomodulação (FBM) e da FBM-sham em indivíduos saudáveis, aplicadas antes de um protocolo de fadiga evocada por estimulação elétrica neuromuscular (EENM). Esses efeitos agudos foram avaliados em parâmetros neuromusculares de fatigabilidade (torque isométrico máximo, torque do abalo supramáximo, atividade elétrica, trabalho total da integral da curva torque-tempo, redução do torque evocado), no dano muscular (ecointensidade, dor muscular de início tardio), no desconforto (escala visual analógica – EVA, algometria) e na funcionalidade (Single Hop Test - SHT, Teste de subir e descer escadas). A dissertação está dividida em três capítulos a saber: Capítulo I: Revisão da literatura referente à EENM e à FBM, tendo conceitos básicos, parâmetros de tratamentos, aplicação na prática clínica, e efeitos terapêuticos. Também abordamos tópicos como os tipos de fadiga existentes e as evidências encontradas na literatura dos estudos que utilizaram FBM para prevenir a fadiga e o dano muscular produzidos pela EENM. Capítulo II: Descrição dos Métodos: Os participantes visitaram o laboratório em nove dias, sendo que foram submetidos à familiarização com as técnicas e protocolos no primeiro dia, avaliação do primeiro membro nos quatro dias seguintes, e os quatro dias finais para a avaliação do segundo membro. A familiarização dos sujeitos foi efetuada com o ultrassom (US), com a contração voluntária máxima isométrica (CVMI), com os testes funcionais e com a EENM. No segundo dia foi realizado o protocolo de fatiga; porém, antes do protocolo de fadiga evocada pela EENM, se aplicou FBM ou FBM-sham (de forma randomizada) nos extensores do joelho de cada um dos membros. Um intervalo de sete dias foi observado entre os momentos de intervenção nos dois membros (período de “wash out”). Foram utilizados 8 pontos de aplicação da FBM e cada ponto foi tratado por 30s, com uma dose de 6J por diodo (sonda com 5 diodos), ou seja, 30J por local, totalizando 240J no membro inferior que recebeu FBM. A seguir, os sujeitos foram submetidos a um protocolo de fadiga de EENM (20 minutos de duração, duração de pulso = 1 ms, tempos de contração-repouso de 5s:10s, e uma frequência de 100 Hz). Após o protocolo de fadiga evocada, foram avaliadas as variáveis de dor, desconforto e desempenho nos testes funcionais SHT e teste de subir e descer escadas. Para avaliar o dano muscular, foram coletadas nove imagens de ultrassom do músculo reto femoral (RF) e 3 do vasto lateral (VL). O nível de desconforto foi obtido por meio da EVA e do algômetro, o qual foi aplicado em todos os três extensores do joelho. Para os músculos RF e VL, o algômetro foi aplicado a 50% da linha entre a espinha ilíaca anterossuperior e a borda superior da patela, enquanto para o vasto medial (VM) o ponto de aplicação foi a 50% da linha entre a borda superior da patela e o ventre do músculo. A força voluntária máxima foi avaliada por meio de três CVMIs dos extensores do joelho pré protocolo de fadiga e uma CVMI pós protocolo de fadiga para avaliação do índice de fadiga. Além disso, os participantes executaram os testes funcionais pré e pós protocolo de fadiga a fim de avaliar os efeitos da fadiga e da FBM e FBM-sham na funcionalidade. Todas as variáveis mencionadas acima foram mensuradas novamente após o protocolo de fadiga evocada e pós 24h, 48h e 72h do protocolo de fadiga. Todas as mesmas etapas foram realizadas no outro membro. Na análise dos dados, inicialmente foi realizada estatística descritiva e avaliação da normalidade dos dados por meio do teste de Shapiro-Wilk. As comparações envolvendo os fatores membro (FBM e FBM-sham) e também os momentos (Pré, Pós-imediato, Pós-24h, Pós-48h e Pós-72h) foram realizadas utilizando o modelo de Equações de Estimação Generalizadas com um gama log link para resposta de escala. Quando foi identificada diferença estatisticamente significativa entre os momentos, foi utilizado o teste post hoc LSD (Least Significant Difference). Para comparações envolvendo as variáveis apenas com os momentos Pré e Pós-Imediato, foi utilizado o teste U de Mann-Whitney. Todas as informações quantitativas foram apresentadas como média e erro padrão, exceto para as variáveis de caracterização onde foram utilizados valores de média e desvio padrão. O nível de significância para todas as análises estatísticas foi fixado em p<0,05. Capítulo III: Resultados e Discussão. Participaram do estudo 12 jovens saudáveis (mulheres = 6 e homens = 6; idade = 28 ± 5,5 anos). Na avaliação do dano muscular no RF e VL, não foram observadas diferenças significativas entre os membros (FBM e FBM-sham) e nem entre os momentos (p>0,05). Em relação ao desconforto, também não foram observadas diferenças significativas entre os membros (p>0,05), porém houve aumento do desconforto imediatamente após o protocolo de fadiga tanto para FBM quanto para FBM-Sham (p<0,05). O protocolo de fadiga gerou aumento do desconforto sentado e diminuição dos limiares dor dos músculos RF, VL e VM (p<0,05). Quanto às variáveis de fadiga durante o protocolo, não houveram diferenças significativas entre os membros, e a fadiga evocada pela EENM foi observada em ambos os membros. Em relação aos testes funcionais, também não houve diferença significativa entre os membros (p>0,05), porém sim entre os momentos, tendo uma queda do desempenho imediatamente após o protocolo de fadiga (p<0,05). No desconforto ao subir e descer escadas, foi observado aumento em ambos os membros (p<0,05) após a fadiga evocada. Porém, o desempenho do SHT no membro FBM não diminuiu após o protocolo de fadiga, enquanto que no membro FBM-sham isso aconteceu. Conclusão: Não foram observadas diferenças significativas entre os membros no desconforto, no dano e no desempenho dos testes funcionais. Esses achados sugerem que a FBM não tem um impacto significativo sobre os efeitos deletérios da EENM, o que reduz a sua utilização no aumento do desempenho e sua aplicabilidade clínica na redução da fadiga e do dano muscular. |