Influência da desuniformidade em lotes de frango de corte na eficiência de equipamentos industriais e na condenação por contaminação parcial e total das carcaças

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Borsa, Taís Carla
• Orientador(a): Kindlein, Líris
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Peso da carcaça; Equipamento industrial; Condenação de carcaças; Contaminação; Processamento; Frangos de corte
• Palavras-chave em Inglês: Non-uniformity; Equipment efficiency; Broiler
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/280952

A desuniformidade dos lotes de frango de corte gera inúmeras perdas nas indústrias avícolas, por isso, torna-se fundamental compreender a sua influência na eficiência dos equipamentos industriais e na condenação por contaminação das carcaças, a fim de propor medidas para otimizar o processo produtivo e garantir a segurança alimentar. Para a realização do presente estudo, foram selecionados seis produtores integrados de frango de corte, com alojamento de aves machos da linhagem Ross, com diferença máxima de 5 semanas entre os lotes. De cada um dos produtores, foram selecionadas 380 aves para realizar a pesagem, totalizado uma amostragem de 2.280 animais. Com os valores de peso vivo das aves, foi realizada a avaliação de coeficiente de variação dos pesos. Além disso, foram realizadas classificações visuais quanto à uniformidade. No abate das aves, realizou-se o teste visual de eficiência das máquinas de extratora de cloaca, abridora de abdômen e evisceradora. Para obtenção dos números de contaminação gastrointestinal parcial e total, utilizou-se os números de condenas desses parâmetros realizados pela inspeção federal. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado e a análise estatística foi realizada no software estatístico R, sendo utilizado teste de Análise de Variância (ANOVA) e teste de correlações de Spearman. Os seis lotes avaliados foram classificados em três grupos (Bom, Médio e Ruim). Nos resultados, observou-se que o coeficiente de variação de peso (kg) e o desvio padrão foram respectivamente: 0,104 e 0,266 para o grupo bom, de 0,137e 0,362 para o grupo médio e de 0,168 e 0,446 para o grupo ruim. A porcentagem de condenação parcial e total foi respectivamente de 8,33% e 0,59% para o grupo bom, 11,36% e 0,69% para o grupo médio e 14,86% e 1,23% para o grupo ruim. Com relação a eficiência dos equipamentos, verificou-se que o grupo bom demonstrou uma eficiência maior do que 94% na extratora de cloaca e maior que 95% na abridora de abdômen e na evisceradora, já o grupo médio demonstrou uma eficiência da extratora de cloaca entre 90% e 94%, da abridora de abdômen entre 91 e 95% e da evisceradora entre 92% e 95%, por fim, o grupo ruim apresentou uma eficiência da extratora de cloaca menor que 90%, da abridora de abdômen menor que 91% e da evisceradora menor que 92%. Dessa forma, concluiu-se que a melhor performance dos indicadores de condenação e eficiência de equipamentos foi no grupo bom, uma vez que o mesmo apresentou a menor desuniformidade e o menor desvio padrão, bem como os melhores resultados na eficiência dos equipamentos e em taxas de condenações totais e parciais para contaminação.