Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Bernardi, Ana Julia Bonzanini |
Orientador(a): |
Baquero, Marcello |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/234761
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Resumo: |
Em um contexto de aumento da antipolítica e de desinformação generalizada em processos eleitorais, esta tese busca verificar como as escolas têm integrado práticas de educação crítica e midiática em sala de aula, e como os jovens vêm absorvendo esses esforços em termos de desenvolvimento de uma cultura política mais assertiva. Para além da necessidade da qualidade educacional, se advoga a necessidade de uma educação crítica midiática, que aborde política, cultura e sociedade e que desenvolva habilidades sobre o meio digital e as redes sociais ao longo da formação educacional. Portanto, coloca-se como norteadora desta pesquisa a pergunta: Qual a influência da educação crítica midiática na estruturação da cultura política dos jovens no Sul do Brasil dentro do atual contexto de fake news e pósverdade? Assim, esta tese utilizou-se de metodologia quantitativa, desenvolvida através da triangulação de métodos qualitativos e quantitativos: análise de entrevistas e documentos oficiais da coordenação pedagógica/direção das escolas (11 escolas), análise de survey quantitativo por meio de avaliação descritiva e inferencial de estatística e análise das questões abertas do survey. Assim, após a apresentação das teorias mobilizadas nesta tese, nomeadamente: 1) cultura e socialização política e 2) educação crítica midiática e suas inter-relações, avança-se na comparação das diferentes estratégias de ensino adotadas nas escolas. O survey foi aplicado a 837 jovens (13-25 anos) de 17 escolas de ensino médio da rede pública e privada de Porto Alegre entre agosto e dezembro de 2019. As hipóteses da tese são que (1) alunos em contato com maiores níveis de educação crítica terão uma cultura política mais assertiva, bem como maiores níveis de eficácia, sofisticação política e de competência cívica; e (2) esses alunos terão melhor capacidade crítica para diferenciar notícias falsas e discernir desinformação sobre política do que seus pares. Os resultados obtidos corroboram essas hipóteses, embora os fatores socioeconômicos das famílias ainda se mostrem como mais relevantes para explicar a cultura política assertiva do que a variável de educação crítica. Embora a análise demonstre que há uma diminuição da apatia entre os jovens, a desassistência do Estado, principalmente em relação a estudantes de escolas públicas centrais e periféricas, se mostra como um fator desestimulador da eficácia, confiança e participação políticas. Logo, a cultura política dos jovens ainda se apresenta majoritariamente como híbrida (principalmente nas escolas estaduais), a despeito de avanços pontuais demonstrados. |