Obtenção de iridoides de espécies nativas da flora do Rio Grande do Sul, modificações estruturais, determinação da atividade anti-Leishmania amazonensis in vitro e modelagem molecular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Vendruscolo, Maria Helena
Orientador(a): Von Poser, Gilsane Lino
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/166272
Resumo: Iridoides são metabólitos secundários provenientes de angiospermas eudicotiledôneas, presentes principalmente em espécies das ordens Gentianales e Lamiales. Os iridoides dividem-se em carbocíclicos e seco-iridoides, ocorrendo comumente na forma glicosilada. Estes compostos são marcadores taxonômicos em algumas famílias vegetais e apresentam diversas atividades biológicas tais como cardiovascular, neuroprotetora e anti-Leishmania. Diante da importância dos iridoides, este trabalho teve como finalidade a prospecção química destes metabólitos em espécies nativas do Rio Grande Grande dos Sul, bem como a semissíntese de análogos e a investigação da atividade anti-Leishmania através de ensaios in vitro e modelagem molecular. Os compostos isolados foram identificados através de métodos espectroscópicos e os resultados comparados aos descritos na literatura. A partir de Escallonia bifida e Escallonia megapotamica (Escalloniaceae) foram isolados asperulosídeo, desacetilasperulosídeo, geniposídeo, ácido geniposídico e dafilosídeo, sendo que o asperulosídeo foi convertido em asperulosídeo tetraacetilado por meio de semissíntese. De Angelonia integerrima (Scrophulariaceae) foram obtidos galiridosídeo e antirrídeo. Nos experimentos in vitro para atividade anti-Leishmania, asperulosídeo, galiridosídeo, geniposídeo, ipolamida e teveridosídeo, nas concentrações 5-100 μM, não demonstraram inibição frente às formas promastigotas de Leishmania amazonensis. O estudo de modelagem molecular destes iridoides e daqueles descritos na literatura com atividade anti-Leishmania propôs um modelo farmacofórico que demonstrou que as diferenças estruturais não são responsáveis pela inatividade das moléculas isoladas neste trabalho. A perspectiva é realizar ensaios enzimáticos de tripanotiona redutase, bem com docking molecular e estudos de dinâmica molecular para investigar as interações entre grupamentos farmacofóricos das moléculas isoladas e o sítio de ligação de tripanotiona redutase.