Análise de sobrevivência de pacientes com melanoma : um estudo retrospectivo no estado do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Gao, Cindy Zhang
Orientador(a): Ziegelmann, Patricia Klarmann
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/271299
Resumo: Introdução: O câncer de melanoma tem origem nos melanócitos que desenvolvem células cancerígenas na pele, quando diagnosticado em estadio mais avançado é um dos cânceres mais perigosos. É uma das doenças com maior incidência e mortalidade no mundo, se configurando o 16 de maior incidência no Brasil. A região sul do Brasil, por sua vez, é a região com maior incidência, destacando a necessidade não só de medidas de prevenção e diagnóstico precoce como de avaliação dos avanços em tratamento adequado. Estimativas de taxa de sobrevivência são essenciais para avaliação dos serviços de saúde. No Brasil, estas estimativas são escassas e inexistentes para a população do estado do Rio Grande do Sul. Metodologia: Este é um estudo observacional de coorte retrospectiva, com base em dados secundários de 19 registros hospitalares de casos de câncer de melanoma no estado do Rio Grande do Sul. Foram incluídos pacientes diagnosticados com melanoma entre os anos de 2010 e 2017, maiores de 18 anos. O tempo de acompanhamento dos pacientes foi avaliado de forma passiva, por meio de uma ’linkagem’ determinística entre os dados dos Registros Hospitalares de Câncer (RHCs) e o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do estado do Rio Grande do Sul. Foi calculada a taxa de sobrevida global em 5 anos utilizando o método de Kaplan-Meier, levando em consideração a idade, o sexo e o estágio ao diagnóstico. Além disso, foi estimado um modelo de Cox para explicar como a sobrevida está associada a fatores sociodemográficos (idade, sexo, escolaridade, raça/cor da pele) e clínicos (estágio clínico, morfologia, tratamento) a partir dos registros secundários. Resultados: Com base em 2865 pacientes com tempo de seguimento mediano de 8.11 anos,a sobrevida global em 5 anos estimada foi de 70.5% (95%CI: 68.9%-72.2%), o estadio clínico com pior estimativa foi o metastático, seguido do estadio III com 59.6%(95%CI: 52.8%-65.8%), estadio II com 72.1%(95%CI: 65.3%-77.7%) e estadio I com 89.4%(95%CI: 85.6%-92.2%). A sobrevida por sexo mostrou estimativas mais baixas para homens (59.2%(95%CI: 56.4%-61.7%)) que para mulheres (73.4%(95%CI: 71.1%-75.5%))(p-value<0.001). Dentre os fatores associados que apresentaram maior risco para a mortalidade foram un sexo (HR=1.43, 95% CI: 1.19-1.71, p-value <0.01) a cor da pele (HR=1.80, 95% CI: 1.07-3.04, p-value=0.03) e a localização anatômica no tronco no estagio I (HR=1.43, 95% CI: 1.19-1.71, p-value<0.001). Conclusões: Este estudo apresenta, pela primeira vez, estimativas de sobrevida para pacientes com câncer de melanoma no estado do Rio Grande do Sul. O estudo contribui para as taxas globais de sobrevivência do câncer de melanoma, com o objetivo de proporcionar uma compreensão mais profunda do padrão de mortalidade dessa condição no estado.