"A natureza se move e a gente se move junto" : práticas de adaptação às mudanças climáticas em comunidades ribeirinhas da Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Menin, Júlia
Orientador(a): Fleury, Lorena Cândido
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/226010
Resumo: Essa pesquisa tem o objetivo de analisar práticas de adaptação às mudanças climáticas e eventos climáticos como secas e cheias extremas em comunidades ribeirinhas na Amazônia. As mudanças climáticas afetam as populações de diferentes maneiras, ao mesmo tempo em que as políticas de adaptação às mudanças climáticas no Brasil têm, de um modo geral, baixa participação e envolvimento das comunidades locais. A presente pesquisa foi realizada no estado do Amazonas, onde foram conduzidas entrevistas semiestruturadas e observações no início de março de 2020, em cinco comunidades ribeirinhas próximas à capital Manaus – Nossa Senhora do Livramento, Comunidade do Tumbira, Comunidade Lago do Catalão, Comunidade São Francisco da Costa de Terra Nova, além de entrevistas em Manaus com membros da Secretaria do Meio Ambiente e Defesa Civil do Estado do Amazonas. A região Amazônica possui variações nos níveis hidrológicos e as comunidades se relacionam constantemente com estes fenômenos, entretanto a frequência de eventos extremos de secas e cheias têm aumentado nos últimos anos causando consequências (ex. impactos das secas no acesso à saúde, transporte, segurança alimentar, calendário escolar, etc; impactos das cheias na elevação e reformas das casas, migrações, mudanças em locais de plantio, morte de árvores frutíferas, etc). Os resultados da pesquisa indicam diferentes eixos de mudanças relatadas pelas comunidades, assim como práticas de enfrentamento a essas mudanças. São analisadas, então, as políticas públicas do estado do Amazonas e políticas nacionais de adaptação às mudanças climáticas, para, em relação com os resultados do campo, discutir lacunas e possibilidades da interface conhecimento tradicional e planejamento de políticas públicas nacionais para o clima. Argumenta-se como o campo da Sociologia das Mudanças Climáticas se insere na discussão e contribui na emergência de novas questões. Por fim, conclui-se que considerar outros conhecimentos em relação ao clima, pode apoiar processos de resposta às mudanças climáticas que sejam mais participativos e aliados às estratégias de protagonismo comunitário.