Broca cônica experimental versus broca cilíndrica convencional com e sem macheamento : avaliações termográficas, torques de introdução e resistência ao arrancamento axial de parafusos em corpos de prova de poliuretano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Rovaris, Inácio Bernhardt
Orientador(a): Alievi, Marcelo Meller
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/277395
Resumo: A produção de inovações no campo da área cirúrgica busca reduzir as taxas de complicações. O desenvolvimento de aparatos ortopédicos cônicos está relacionado à necessidade de aumentar a estabilidade das fixações ósseas. Neste contexto, grande parte das cirurgias de síntese óssea envolvem perfurações com brocas ortopédicas, e a termonecrose óssea é complicação que frequentemente está associada a altas temperaturas durante a perfuração do osso. O torque de introdução e a resistência ao arrancamento axial dos parafusos são parâmetros mecânicos de grande importância no desenvolvimento de aparatos ortopédicos e odontológicos, e estão relacionados com a estabilidade das fixações ósseas. O objetivo do presente estudo foi avaliar o comportamento térmico de perfurações em corpos de prova de poliuretano e pesquisar o potencial biomecânico dos parafusos implantados em orifícios confeccionados por broca cônica experimental, comparando os com as perfurações de broca ortopédica cilíndrica convencional com e sem o macheamento prévio a inserção do parafuso. Também foram avaliadas imagens microtomográficas de um orifício de cada grupo, buscando analisar estruturalmente os aspectos de cada amostra. A avaliação termográfica foi realizada em estúdio climatizado, empregando o uso de câmera com tecnologia infravermelho para captação das temperaturas máximas de perfuração e do tempo de perfuração. Não houve diferença entre as temperaturas máximas de perfuração da broca c ô nica experimental e a broca ortopédica cilíndrica convencional. Também observou se que a broca cônica experimental tem tendência a esquentar menos em perfurações mais lentas. Já para a execução dos testes biomecânicos, parafusos corticais 3,5mm foram implantados nos corpos de prova, e os torques de introdução foram aferidos por meio de torquímetro axial digital. O torque de introdução foi aferido em quatro momentos, que incluíram o torque inicial, intermediário, final e médio de cada parafuso. Na realização dos testes de resistência ao arrancamento axial, má quina universal de testes foi utilizada, registrando a resistência máxima de cada parafuso implantado. O grupo que apresentava parafusos implantados em orifícios perfurados pela broca cônica experimental apresentou maiores torques de introdução em cada momento e maior resistência axial ao arrancamento quando comparado aos grupos que foram perfurados pela broca ortopédica cilíndrica convencional com ou sem macheamento. As avaliações microtomográficas demonstraram, por meio de cálculos do volume do orifício das amostras avaliadas, que a broca cônica experimental apresentou menor volume interno do orifício na comparação às perfurações realizadas pela broca ortopédica cilíndrica convencional com ou sem macheamento, o que pode ter influenciado nos resultados dos torques de introdução e na resistência ao arrancamento axial dos parafusos do grupo. Neste estudo, a broca cônica experimental apresentou temperaturas máximas de perfuração semelhantes às perfurações realizadas com a broca cilíndrica ortopédica convencional. Também produziu orifícios de menor volume, que proporcionaram maiores torques de introdução e maior resistência ao arrancamento axial dos parafusos implantados em corpos de prova de poliuretano, quando comparados aos parafusos implantados em orifícios confeccionados pela broca ortopédica cilíndrica convencional com ou sem macheamento. Evidenciou se o potencial da broca cônica experimental, encorajando futuros ensaios clínicos para avaliar o comportamento térmico e biomecânico em ossos naturais.