“É como uma respiraçao, contrai e distende” : elaborações discursivas, corporais e sociabilidades : uma etnografia no circuito comercial do 4º Distrito em Porto Alegre - RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Vieira, Carlos Roberto Santos
Orientador(a): Scheffer, Angela Beatriz Busato
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/224873
Resumo: A presente tese de doutorado tem o objetivo de buscar a compreensão das interrelações sociais, discursivas e a identificação da criação de valores que constroem um circuito comercial e uma rede de sociabilidades denominada 4º Distrito em Porto Alegre – RS. Para tanto foram utilizados quatro eixos teóricos principais a saber, as (i) sociabilidades de Simmel (1983), (ii) os circuitos comerciais de Zelizer (2005), as (iii) teorias do discurso de Laclau e Mouffe (1985) e (iv) o embodiment de Csordas (1988). Com paradigma interpretativista, a presente pesquisa tem a Administração como ciência base, a Antropologia como conhecimento dialógico, a etnografia como método e a observação participante como técnica. O argumento central deste trabalho é que a rede de interrelações sociais observada ocorre em uma dinâmica que envolve as sociabilidades do território a partir de uma disputa pela hegemonia de discurso dentre os diversos grupos que vivem no campo de pesquisa. Nesta busca por hegemonia, há uma ampla criação de valores, baseados na crença que existe um projeto que se diz “novo” e “alternativo” ao atual mundo do trabalho em organizações tradicionais e no mercado imaginado pelo liberalismo político brasileiro. Além disso, o campo empírico demonstrou que a prática colaborativa, de forma geral, não dá conta dos desafios da gestão do mundo no qual todos estamos inseridos e como consequência diversos dilemas vêm à tona, como o retorno à prática da “tradicional” gestão por processos, à concentração do poder, os limites da sociabilidade chamada de Economia Colaborativa e ao declínio de algumas iniciativas frente à objetividade da gestão de recursos, tão negada no imaginário da colaboração.