Literatura e identidad : un estudio comparativo entre la lira popular chilena y la literatura de cordel brasileña

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Morales Velloso, Anderson
Orientador(a): Castiglioni, Ruben Daniel Méndez
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: spa
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/225253
Resumo: O presente estudo é fruto da comparação de corpus entre Lira Popular chilena e Literatura de Cordel brasileira, analisando como se apresenta a identidade nacional/regional e se existe a consciência nacional manifesta na obra dos autores de pliegos e folhetos. Em nossa análise, fazemos um quadro comparativo em que se demonstram convergências e divergências sobre a temática identitária de cada autor. A seleção das obras de Lira Popular chilena e Literatura de Cordel brasileira foi feita levando em conta a importância que elas têm perante o público e o seu círculo artístico, com base em um critério temático (textos que abordassem a identidade regional/nacional) e não um recorte histórico. Ressaltamos, ademais, que este estudo não tem uma metodologia previamente definida, e talvez pudesse ser entendido também como um ‘estudo indutivo’, visto que é baseado na observação do corpus e do seu contexto. Detalhamos o percurso deste estudo comparativo da seguinte forma: iniciamos com a apresentação do contexto histórico que resulta na criação da Lira Popular e da Literatura de Cordel, e sua relação com a colonização e o panorama de estudos sobre o tema; A seguir, trazemos um panorama dos temas identitários em/sobre a América Latina, destacando a classificação proposta por Larraín (2001) sobre as linhas identitárias da região: indigenismo, hispanismo, mestiçagem, corrente religiosa e a corrente que recalca a desintegração e busca de identidade. Posteriormente, fazemos um contraponto entre cânone e oralidade, agregando os três grandes sistemas literários (culto, popular e indígena) de Cornejo Polar (1989; 1994) e o caso sui generis da Literatura Gauchesca. Seguimos com o mundo ao contrário da carnavalização de Mikhail Bakhtin (2003) e a relação com a literatura oral, culminando com a análise de corpus.Nossos pressupostos teóricos têm como base a literatura de expressão popular e a representação identitária chilena e brasileira/nordestina. Tendo presente o caráter “marginal” que os textos do nosso corpus tinham na época de publicação, apresentamos discussões sobre cânone, como na proposta de “sistema literário” do literato peruano Antonio Cornejo Polar (1989; 1994). Todo este contexto posto dentro da perspectiva de carnavalização de Mikhail Bakhtin (2003), considerando que ambas as formas literárias populares se desenvolvem à margem da cultura oficial, o que as torna uma maneira de contestação à ordem social e política. Nossa hipótese inicial era a de que entre as obras dos autores selecionados não haveria unidade sobre a existência de ‘uma identidade’ nacional/regional, e cada um escolheria um elemento representativo dentro de seu espectro próximo com o que se identificasse e se relacionasse. Tal hipótese é confirmada com a análise do nosso corpus: o identitário surge da condição primeira com a qual o poeta popular mais se identifica, seja com um ponto de vista político, com uma tradição religiosa, ou ainda com o seu lugar de origem. Da mesma forma, a ‘consciência nacional’ se vê impregnada com as impressões de mundo com as quais o poeta se relaciona (identificação política, religiosa ou local).