Mulheres cordelistas: percepções do universo-feminino na Literatura de Cordel

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Doralice Alves de Queiroz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/ALDR-6WEK7J
Resumo: A Literatura de Cordel, antiga tradição brasileira de origem européia, foi, durante muito tempo, reduto eminentemente masculino. Embora alguns estudiosos da cultura popular brasileira tenham identificado as mulheres como o principal arquivo das tradições orais, nota-se, nas antologias do gênero, a ausência de folhetos de autoria feminina, o que pode revelar, dentre outros fatores, uma faceta de preconceitos contra a mulher e a sua participação numa sociedade patricarcal. A pesquisa de campo realizada em diversos pontos de venda de cidades nordestinas e a busca nos principais acervos de cordel de Campina Grande, de João Pessoa, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo detectaram a presença de 70 mulheres cordelistas e 170 títulos. Depois da primeira mulher de que se tem notícia como autora de cordel, que publicou em 1938 sob pseudônimo masculino, somente a partir de 1970 é que se pode verificar manifestações de autoria assumidamente feminina. Na atualidade, mulheres, através da escrita de cordéis, denunciam uma realidade social e também anunciam perspectivas de vida. São professoras, psícologas, advogadas, dramaturgas, donas-de casa, que, utilizam-se dessa forma de manifestação da nossa cultura, deixam fluir sua poeticidade e através dela demonstram sue sentimentos, aspirações e visões de mundo, conslolidando uma identidade autoral e o espaçao feiminino na literatura de cordel.