Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Spinelli, Liziane Valgoi |
Orientador(a): |
Rodrigues, Eliseu |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/258047
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Resumo: |
As frutas nativas do Rio Grande do Sul, com destaque para as Mirtáceas, vêm sendo estudadas devido ao seu potencial na agricultura e para a saúde dos consumidores. Dentre estas frutas, o guabiju se destaca pela alta concentração de compostos fenólicos (CF), os quais possivelmente contribuem para as propriedades funcionais, sensoriais e de defesa da planta. Neste trabalho, os CF de sete genótipos de guabiju foram analisados e uma abordagem metabolômica direcionada foi aplicada para explorar as suas similaridades e diferenças em relação a esses metabólitos. Sessenta e sete compostos fenólicos foram encontrados em todos os genótipos, os quais estão classificados em seis classes: ácidos fenólicos, taninos hidrolisáveis, flavan-3-óis, flavonóis, antocianinas e taninos condensados. Cerca de 80% desses compostos foram encontrados pela primeira vez no guabiju, com destaque para os ácidos galoilquínicos, encontrados na forma mono-, di- e trigaloilquínico. Além desses, elagitanos (taninos hidrolisáveis), derivados do hexahidroxidifenoil-glucose (HHDP) foram encontrados pela primeira vez no guabiju. Um total de vinte e quatro CF foram quantificados, dos quais os ácidos di-O-galoilquinico (701 a 1324 g g-1 em massa seca), tri-O-galoilquínico (572 a 973 g g-1), malvidina 3-O-glicosídeo (696 a 1448 g g-1) e cianidina 3-O-glicosídeo (799 a 1319 g g-1) são os majoritários. A análise dos CF quantificados através de agrupamento hierárquico e análise de componentes principais (ACP) permitiu agrupar os genótipos em sete grupos de acordo com a sua composição fenólica. Através da análise do coeficiente de Silhouette foi possível inferir onze compostos fenólicos como os mais importantes nos agrupamentos e na diferenciação dos genótipos, dos quais nós destacamos seis (em ordem decrescente de importância): epicatequina, catequina, galato de (epi)galocatequina II, ácido di-O-galoilquínico, tri-O-galoilquínico, ácido tri-O-galoilquínico e delfinidina 3-O-glicosídeo. Por fim, nossos achados foram relacionados com os resultados obtidos por outro grupo de pesquisadores analisando a resistência dos mesmos genótipos de guabiju afetados pela ferrugem causada pelo fungo Austropuccinia psidii. Foi possível hipotetizar que as diferentes sensibilidades dos genótipos à doença estão relacionadas à combinação única desses CF destacados em cada genótipo. Por exemplo, o genótipo G05, muito bem separado dos demais genótipos em relação à sua composição fenólica, foi o menos afetado pela infestação fúngica, enquanto que os genótipos G03 e G09 foram os mais afetados. |