Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Hirahata, Michelle |
Orientador(a): |
Gerardi, Daniel Guimarães |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/246222
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Resumo: |
A otite externa é uma doença de caráter inflamatório, que cursa com prurido, otalgia, inflamação, produção excessiva de cerúmen e odor fétido. Seu diagnóstico é baseado principalmente no histórico clínico e em exames de citologia auricular e otoscopia, e as mesmas ferramentas costumam ser utilizadas no monitoramento da resposta clínica após a instituição da terapia. Na busca por novos métodos que objetivem o acompanhamento terapêutico, a termografia, técnica não invasiva de mapeamento térmico a partir da radiação infravermelha normalmente emitida pela superfície corporal, se mostra promissora, uma vez que passou a ser explorada nas diversas áreas das medicinas humana e veterinária devido ao seu potencial para o diagnóstico e monitoramento de processos inflamatórios. Este estudo teve como objetivo verificar a viabilidade do uso da imagem termográfica como ferramenta para avaliar a resposta à terapia da otite externa canina. Foram analisadas 48 orelhas de 25 cães que foram incluídos no estudo após serem submetidos aos exames clínico, citológico do conduto auditivo e otoscópico. Os condutos auditivos foram avaliados quanto a presença de eritema, edema, erosão/ulceração e exsudato, e cada alteração foi pontuda de 0 a 3, de acordo com o Índice de Pontuação de Otite (OTIS3). De acordo com o tempo de evolução, as otites foram classificadas em agudas (<3 meses) ou crônicas (≥3 meses). As orelhas com pontuação total ≥4 foram incluídas no estudo. Os pacientes tiveram suas orelhas fotografadas por câmera termográfica na região da face côncava do pavilhão auricular e do poro acústico no dia da inclusão e após o término da instituição da terapia, quando a pontuação do OTIS3 atingiu valor total ≤3. Ao final do tratamento, observou-se diferença significativa na temperatura média da face côncava do pavilhão auricular quando comparada com a temperatura antes de iniciar o tratamento (p<0,001). Ao avaliar individualmente as 48 orelhas, verificou-se que no poro acústico houve redução em 27, aumento em 16 e cinco permaneceram sem alteração. Na face côncava do pavilhão auricular, 36 reduziram as temperaturas médias, 10 aumentaram a temperatura e duas permaneceram sem alteração. Quando classificadas pelo tempo de evolução, houve redução dos valores médios das temperaturas médias do poro acústico e face côncava do pavilhão auricular, porém só as otites crônicas apresentaram significância estatística. As médias dos deltas das temperaturas mostraram que na face côncava do pavilhão auricular dos casos crônicos houve maior amplitude de variação entre as temperaturas antes e após o tratamento. Não houve correlação entre as reduções de temperatura e o OTIS3. A termografia se mostrou promissora principalmente empregando a face côncava do pavilhão auricular como local de avaliação, e nas otites com tempo de evolução crônica, ainda que não tenha se correlacionado com o OTIS3, de modo que a técnica precisa ser aprimorada e padronizada para ser fidedigna e reproduzível. |