Utilização da termografia para mensuração da temperatura do pavilhão auricular de cães

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Duarte, Rosane da Costa
• Orientador(a): Gerardi, Daniel Guimarães
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Termografia; Técnicas e procedimentos diagnósticos; Conformação do animal; Pavilhão auricular; Temperatura corporal; Otite externa; Cães
• Palavras-chave em Inglês: Thermography; Ear; Canine
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/281809

Otite externa é caracterizada por inflamação do canal auditivo externo, com ou sem infecção associada. As diferentes conformações do pavilhão auricular nos cães (ereta, semipendular e pendular) é um fator de predisposição ao desenvolvimento de otite externa. O presente estudo teve como objetivo verificar a temperatura auricular e do pavilhão auricular de cães com diferentes conformações de pavilhão auricular. Foram avaliados 93 cães, 31 de orelha pendular, 31 de orelha semipendular e 31 de orelha ereta, todos saudáveis, com a idade entre 1 a 6 anos. Os cães foram aclimatizados por 15 minutos em sala com temperatura controlada e em seguida foi realizado os registros termográficos da carúncula ocular dos olhos, da entrada dos meatos acústicos externos e escafas das orelhas direitas e esquerda, após era cortado os pelos das entradas dos meatos acústicos externos e na sequência, era feito um novo registro termográfico. Em seguida se realizava a aferição da temperatura auricular e retal. Os valores médios da temperatura da entrada do meato acústico externo após ter os pelos aparados foi significativamente maior do que antes de ter os pelos cortados na região. Dentro de cada um dos três grupos estudados a temperatura retal, na carúncula lacrimal, auricular, da entrada do meato acústico externo e da escafa diferiram significativamente entre si, com exceção entre carúncula e escafa no grupo de orelhas pendulares e entre a retal e auricular no grupo de orelhas semipendulares. Não houve diferença significativa comparando as temperaturas auriculares e da face côncava do pavilhão auricular entre os três grupos, exceto na escafa no grupo de orelhas pendulares, que mostrou um valor menor que nos outros grupos. Considerando todos os cães do estudo, foi observado correlação moderada entre a temperatura retal e as temperaturas auricular e da entrada do meato acústico externo e correlação fraca entre a temperatura retal e da escafa. No entanto, quando verificada a correlação nos três grupos individualmente foi visto que o grupo de orelhas eretas apresentou correlação forte entre temperatura retal e auricular e correlação moderada entre escafa e entrada do meato acústico externo. Conclui-se que as conformações do pavilhão auricular não influenciam a temperatura auricular, da escafa e da entrada do meato acústico externo. A temperatura retal influencia a temperatura auricular, no entanto, tem pouca influência sobre a temperatura da escafa e entrada do meato acústico externo, com exceção do grupo de cães com orelhas eretas.