Efeitos do metilfenidato na reconsolidação da memória de reconhecimento de objetos e a relação com o sistema dopaminérgicos da região CA1 do hipocampo dorsal de ratos Wistar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Beck, Marco Colomé
Orientador(a): Benetti, Fernando
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/236294
Resumo: A memória é a capacidade que os seres vivos possuem de adquirir, formar, conservar e evocar dados ou informações do sistema nervoso central sobre experiências vivenciadas e sobre o meio que o cerca. Durante esse processo, diversos neurotransmissores são liberados, entre eles a dopamina, ativando diversas cascatas intracelulares neuronais. Objetivo: Estudar o efeito da dopamina na reconsolidação da memória na tarefa de reconhecimento de objetos e a ação dos receptores dopaminérgicos (D1 e D5) na região CA1 do hipocampo de ratos. Metodologia: foram utilizados 164 ratos Wistar, submetidos à cirurgia estereotáxica para implantação de cânulas guia na região CA1 do hipocampo. Os animais foram habituados por quatro dias consecutivos no campo aberto durante 20 minutos. Na sessão de treino, os ratos foram expostos a dois diferentes objetos (A e B) por 5 min. Após 24h (reativação), um dos objetos foi trocado para um novo (objeto C), e os ratos foram reexpostos no campo aberto por 5 minutos. O metilfenidato (MTF - estimulador dopaminérgico) foi infundido antes ou após a fase de reativação, e os animais receberam também infusões bilaterais intra-CA1 dos agonistas/antagonistas dopaminérgicos. O teste da reconsolidação no reconhecimento de objetos foi realizado 24h, 72h ou 7 dias e 10 dias após a sessão de reativação. Resultados: Os dados são apresentados como média ± erro padrão da média da porcentagem de tempo total de exploração. Os resultados mostraram que em 24 horas, infusão antes da reativação, o grupo MTF (62,3 ± 2,43) não apresenta déficit de memória comparado ao grupo salina (60,5 ± 4,651) p=0,60. Quando testados em 72 horas, o grupo MTF (58,45 ± 1,91) apresentou déficit comparado com o salina (50,01 ± 2,43) p<0,05. Foi realizada a infusão após a fase de reativação e realizado curva dose/resposta e identificado que em 24 horas apenas 1,0 mg/kg de metilfenidato não causa déficit (62,34 ± 4,64) p= 0,29. Quando testados em 07 dias, os animais tratados com MTF ainda lembravam do objeto primário (58,13 ± 1,73) comparado ao grupo salina (66,42 ± 1,35) p<0,01. Quando utilizado a mesma janela temporal e utilizado o bloqueador dopaminérgico (SCH-23390), imediatamente após a reativação, os animais tratados com MTF e SCH-23390 (61,99 ± 3,87) exploraram mais o objeto novo, comparados ao salina (49,18 ± 1,94) p<0,05. Animais tratados com metilfenidato após a fase de reativação e testados em 10 dias não lembraram do objeto familiar (p=0,74) Conclusão: O metilfenidato infundido intraperitoneal pré reativação pode causar déficit de memória. Contudo, se for infundido imediatamente após a reativação, melhora o processo mnemônico para a memória do RO.