Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Cezar, Luana Carvalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-20012023-112002/
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Resumo: |
O autismo é um transtorno complexo do desenvolvimento caracterizado por inúmeros prejuízos comportamentais. A exposição pré-natal em roedores ao VPA (400 mg/kg no GD 12,5) produz sintomas similares àqueles encontrados na condição humana no TEA. Resultados de trabalhos anteriores sugerem que o fenótipo tipo- autista esteja relacionado a modificações funcionais do sistema dopaminérgico. O desafio farmacológico é uma estratégia potente capaz de acessar a atividade de neurotransmissores no SNC, e especialmente o uso de metilfenidato aumenta seletivamente a liberação de dopamina em circuitos cerebrais estriatais e corticais. Ainda, a administração prolongada do metilfenidato pode ocasionar mudanças estruturais cerebrais envolvendo dopamina, além de traduzir neuroplasticidade em alterações comportamentais. O presente trabalho avaliou aspectos comportamentais e moleculares de ratos expostos ao VPA pré-natal, além de verificar os efeitos do metilfenidato (5 mg/kg) agudo (GD 32) e prolongado (GD 21 32) e a hipótese da dopamina no autismo. Os resultados revelaram: (1) fenótipo comportamental autista induzido pelo VPA no GD 12,5 em machos Wistar; (2) diferenças sexualmente dimórficas comportamentais e neuroquímicas promovidos pelo VPA; (3) melhoras comportamentais obtidas com metilfenidato agudo ou prolongado; (4) transmissão dopaminérgica deficiente em diferentes regiões cerebrais de ratos adultos; (5) indução de ansiedade, anedonia e alterações no self-grooming em ratos Wistar expostos ao VPA no GD 12,5. O conjunto de dados sugere que o modelo de autismo em ratos pelo VPA pré-natal fornece, não apenas evidências empíricas para corroborar a hipótese da dopamina no autismo, mas também, um princípio translacional clínico no desenvolvimento de possíveis vias de tratamento para o transtorno em humanos. |