Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Stolf, Anderson Ravy |
Orientador(a): |
Pechansky, Flavio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/189398
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Resumo: |
Introdução: O crack é uma droga de abuso que tem sido objeto de preocupação e estudo há pelo menos duas décadas. O artigo 1 tem como objetivo comparar as frequências alélicas e genotípicas do polimorfismo de 30pb do VNTR do gene DAT1, localizado no intron 8, entre usuários adultos de crack e indivíduos não dependentes. O artigo 2 enfoca interações gene-gene: há evidências de que polimorfismos nos genes dos receptores de dopamina D2 (DRD2) e D4 (DRD4) podem influenciar a suscetibilidade aos transtornos de uso de substâncias (SUD), individualmente e na formação dos heterômeros DRD2-DRD4. Além disso, o papel dopaminérgico na vulnerabilidade à dependência parece ser influenciado pelo sexo. Método: Artigo 1 - Uma amostra transversal de 239 dependentes de crack, recrutados em clínicas de internação e ambulatório, e 211 indivíduos não dependentes foi utilizada. Eles foram avaliados usando os instrumentos ASRS, ASI-6, WAIS-III e MINI. Amostras de DNA extraídas de sangue total foram genotipadas para o VNTR do intron 8 (DAT1). Artigo 2 - Estudo transversal com 307 dependentes de crack e 770 controles. A influência do DRD2 (rs2283265) e do DRD4 (VNTR de 48bp), bem como sua interação na suscetibilidade e gravidade da dependência de crack, foram avaliadas em mulheres e homens separadamente. Resultados: Artigo 1 - A análise demonstrou que o genótipo 6R6R do gene DAT1 está associado à dependência de crack (OR = 1,844; IC = 1,101-3,089; p = 0,020). Artigo 2- Uma associação entre o alelo T do DRD2 e a dependência de crack foi encontrada em mulheres. Nesse mesmo grupo, a análise de interação demonstrou que a presença do alelo T DRD2 e a ausência concomitante do alelo 7R DRD4 estavam associadas ao risco de dependência de crack. Nenhuma influência das variantes de DRD2 e DRD4 foi observada em homens. Conclusões: Nossos resultados são consistentes com o papel do DAT1 na neurobiologia da dependência de drogas. Além disso, esses dados reforçam o papel dos genes dopaminérgicos em comportamentos externalizantes, especialmente a influência da interação DRD2-DRD4 na dependência química. Esta é a quarta amostra que independentemente associou a interação DRD2-DRD4 com dependência química ou transtornos relacionados a ela. Além disso, nossos achados apontam para diferença potencial de neurotransmissão dopaminérgica entre os sexos, que pode influenciar a suscetibilidade à dependência de substâncias. |