Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Flavia Gobetti |
Orientador(a): |
Sanseverino, Maria Teresa Vieira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/212069
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Resumo: |
A reprodução humana é consideravelmente ineficaz, uma vez que cerca de 70% das suas concepções não sobrevivem até o nascimento. Estima-se que aproximadamente 50% dessas gestações não evoluem adequadamente, sendo perdidas antes mesmo do reconhecimento clínico ou da presença de atividade cardíaca embrionária. Apesar dos grandes avanços em diagnóstico e tratamento da infertilidade, a sua prevalência cresce a cada ano. De acordo com o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), um a cada seis casais enfrenta algum tipo de dificuldade ao tentar engravidar, correspondendo a um total de 80 milhões de pessoas em todo o mundo, grande parte decorrente das falhas reprodutivas relacionadas a abortamentos e falhas de implantação. Entre as possíveis causas para os diversos tipos de falhas reprodutivas, acredita-se que, dentre as causas conhecidas, 50% estejam relacionados a alterações genéticas, variando entre aberrações cromossômicas, mutações de genes únicos ou múltiplos e polimorfismos. A genética da fertilidade é um assunto vasto e, apesar de diversos estudos, não existem genes bem definidos como marcadores de susceptibilidade para essas falhas reprodutivas. Portanto, há necessidade de novas pesquisas para identificar potenciais genes relacionados a essa condição. Nesse estudo, buscou-se, através de análise in sílico, a determinação dos principais genes envolvidos nas duas falhas reprodutivas: abortamento de repetição e falha de implantação. Através de busca nos bancos de dados Online Mendelian Inheritance in Man (OMIM), Human Genome Epidemiology encyclopedia (HuGE) e Comparative Toxicogenomics Database (CTD) e do uso da biologia de sistemas, foi possível, além de analisar os principais mecanismos envolvidos nas duas falhas reprodutivas estudadas e determinar potenciais genes biomarcadores para essas condições, sendo eles: PCNA, NOP58, EGFR, ACTA2, CCT5, ANAPC10, NMD3, DNAJC8, ELP3, UTP15, HMGCS1, TGFA, CDC25A, DIAPH3, CCNA2, NEK2 e FZR1. Esses genes se mostraram essenciais para a formação das principais redes de interação proteína-proteína relacionadas aos mecanismos envolvidos nas falhas de reprodução estudadas. Após pesquisar na literatura, dentre os possíveis 8 candidatos, os genes PCNA, EGFR, TGFA e FZR1 foram relacionados a falhas reprodutivas, enquanto genes como ANAPC10, DNAJC8, CDC25A, CCNA2 e NEK2 têm grande importância em mecanismos envolvidos no sucesso de uma gravidez, como a regulação do ciclo celular, atuando diretamente no equilíbrio entre proliferação e apoptose celular. Apesar de todos genes encontrados estarem ligados à processos biológicos envolvidos na implantação embrionária e manutenção da gravidez e alguns inclusive já terem sido intimamente ligados às falhas reprodutivas, não há ainda estudos que relacionem polimorfismos desses genes à pacientes com histórico de abortamento de repetição e/ou falha de implantação. Acredita-se que os resultados obtidos podem nos fornecer novos caminhos para o estudo mais aprofundado dessas duas condições reprodutivas. |