Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Vaz, Cristiano Pereira |
Orientador(a): |
Karnopp, Lodenir Becker |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/172446
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Resumo: |
Nesta pesquisa, investigo a temática da educação de surdos na fronteira, especificamente entre Brasil e Uruguai, nas cidades de Santana do Livramento e Rivera, onde estão localizadas duas escolas, o Instituto Estadual de Educação Professor Liberato Salzano Vieira da Cunha (Escola Liberato) e a Escuela 105 Maestro Vicente Fach Puntigliano para Personas Sordas con Alteraciones del Lenguaje (Escuela 105), que atendem alunos surdos. A educação nas regiões de fronteira tem normativas diferenciadas, sendo possível aos alunos surdos optarem pela escolarização no país vizinho. Sendo assim, muitas famílias de surdos brasileiros, durante alguns anos, matricularam seus filhos na escola uruguaia em razão da oferta do ensino na língua de sinais. O questionamento central da pesquisa é sobre quais representações sobre o processo de escolarização são trazidas pelos alunos surdos que vivem na fronteira, nas cidades de Santana do Livramento e Rivera. A produção dos dados da pesquisa foi a partir de entrevistas com alunos e professores das escolas citadas, bem como a realização de observações nos contextos estudados. A partir de conceitos como identidades, diferenças e representações, com o aporte teórico dos campos dos Estudos Culturais em Educação e dos Estudos Surdos, orientei minhas análises sobre o material produzido por meio das entrevistas e observações. Os alunos entrevistados são alunos da fronteira, marcados pela fronteira nas diferentes formas de sinalizar e escrever. No desenvolvimento das análises, a centralidade da língua de sinais no processo educacional dos surdos que vivem nessa fronteira foi recorrente nas entrevistas. Com base nas entrevistas com alunos e professores, concluo que a busca pela língua de sinais na educação é o ponto central na movimentação desses alunos surdos. É a língua responsável pela constituição de identidades, a partir da visualidade e da experiência de ser surdo fronteiriço. Por fim, os alunos buscam uma escola em que a língua de sinais é utilizada não apenas como língua de instrução, mas também como língua de compartilhamento, de identificação, não importando a qual país a escola pertence. A fronteira marca o encontro surdo/surdo, as identidades e diferenças, proporcionando o compartilhamento de línguas, de informações e de experiências. É pela língua de sinais que os surdos têm acesso às palavras, aos significados compartilhados na língua, os quais passam a fazer sentido em suas vidas. |