Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Brusius, Carolina Doege |
Orientador(a): |
Maltz, Marisa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/85193
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Resumo: |
Objetivo: O objetivo dessa dissertação foi estudar a prevalência, a incidência, a progressão e os fatores associados à erosão dentária na dentição permanente de adolescentes de Porto Alegre, RS – Brasil. Metodologia: Entre setembro de 2009 e dezembro de 2010, um estudo observacional transversal analítico foi desenvolvido em uma amostra representativa da população de escolares de 12 anos de Porto Alegre. Participaram do estudo 1.528 alunos, aleatoriamente selecionados em 42 escolas, sendo 9 particulares e 33 públicas (taxa de participação de 83,17%). O exame clínico foi realizado nas escolas, após limpeza e secagem dos dentes, por uma única examinadora calibrada. Os incisivos e primeiros molares permanentes foram examinados de acordo com o índice BEWE (Basic Erosive Wear Examination). Medidas antropométricas (peso e altura) foram registradas. Dois questionários foram utilizados: um destinado aos pais/responsáveis legais dos escolares (questões socioeconômicas, acesso a serviços odontológicos, hábitos de higiene oral, saúde geral, etc.) e outro respondido pelos próprios escolares (hábitos alimentares). Entre agosto de 2012 e maio de 2013, após um período de tempo médio de 2,5 anos (±0,35), 801 indivíduos foram reexaminados, representando 52,42% da amostra inicialmente examinada. O exame clínico foi realizado por outra examinadora calibrada e seguiu a mesma sistemática do exame anterior. Questões sobre hábitos de higiene oral, saúde geral e hábitos alimentares foram reaplicadas aos próprios escolares. Taxas de prevalência, incidência, progressão e seus respectivos intervalos de confiança foram estimados. A associação entre erosão dentária e seus possíveis indicadores/fatores de risco foi avaliada através de modelos de regressão de Poisson. Resultados: No exame inicial, 229 escolares apresentaram erosão, resultando em uma taxa de prevalência de 15% (95%CI=13.6-16.5). Na maioria dos casos observou-se a presença de erosão leve (n=207). Na análise dos indicadores de risco para erosão dentária (estudo transversal), foi encontrada associação com sexo masculino, alunos de escolas particulares, consumo diário de refrigerante e limão e distúrbios gastro-esofágicos. Ao longo do período observacional de 2,5 anos, foi observada uma incidência de erosão de 7,2% (95%CI=5.3-9.1) e uma progressão de 25,6% (95%CI=17.7-33.5). Gênero foi o único fator de risco significativamente associado com a incidência de erosão dentária na população em estudo. Os meninos foram 86% mais propensos a desenvolver a erosão dentária durante o período de estudo do que as meninas. Não foi observada relação entre a progressão da erosão e as variáveis explicativas estudadas. Conclusões: O presente estudo encontrou baixas taxas de prevalência e incidência de erosão dentária na população estudada, sendo erosão leve na grande maioria dos casos. Entretanto, um quarto dos indivíduos afetados apresentou progressão no período de 2,5 anos. Gênero masculino, tipo de escola, hábitos alimentares e distúrbio gastro-esofágico foram associados à erosão dentária na população estudada. Os resultados da presente dissertação sugerem que a maior incidência entre os meninos e a taxa de progressão de 25% deve ser levada em consideração no desenvolvimento de estratégias de prevenção e controle da erosão dentária. |