Lembranças e conservação de esquemas : o desafio da aprendizagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Mazzucco, Bianca Ribas
Orientador(a): Becker, Fernando
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/12200
Resumo: O trabalho tem como objetivo analisar o processo de aprendizagem em história sob o ponto de vista das condições necessárias e suficientes para que o sujeito construa uma memória histórica com base crítica e autêntica. Este estudo foi realizado com a participação de quinze alunos do ensino fundamental, entre 5ª e 8ª séries, da rede pública do Rio Grande do Sul. Apóia-se ele na Epistemologia Genética piagetiana. É a partir dela que são criados os quatro eixos teóricos: memória, tempo, representação e autoria, utilizados para a análise dos dados. Orientada por esse referencial teórico, a pesquisa teve sua metodologia baseada em observações, entrevistas semiestruturadas e aplicação de duas dinâmicas, a de classificação e a de representação. Através desses instrumentos foram coletados os dados que deram origem a três categorias de análise: Memória e Tempo, Memória e Operatividade e Memória e Autoria. Os dados coletados indicam que as práticas de ensino usadas nas aulas de História não têm se comprometido a garantir o desenvolvimento das estruturas cognitivas dos alunos, pois a grande quantidade de aulas baseada na cópia, na repetição e na leitura do livro didático não abre espaços para os alunos discutirem e exporem suas hipóteses. Assim, foi possível evidenciar, na coleta de dados, a reprodução sobrepondo-se à descoberta. Dentro dessa perspectiva, as práticas pedagógicas limitavam a autoria dos sujeitos, na construção de suas memórias, pois estas se sedimentavam vazias de reflexão. Contudo, essas evidências acusaram uma forte tendência entre os participantes da pesquisa, mas não representaram a totalidade dos dados coletados. Levantou-se um conjunto de momentos, nos quais alguns alunos revelaram estarem construindo seu pensamento histórico solidarizando lembranças e esquemas conservados, apesar do ensino ministrado. Advém dessa solidariedade a condição necessária e suficiente para a construção de uma memória histórica autêntica.