Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Dalla Zen, Laura Habckost |
Orientador(a): |
Fischer, Rosa Maria Bueno |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/36408
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Resumo: |
A presente dissertação tem como foco as relações entre público e arte, propostas por instituições culturais. O estudo parte do pressuposto de que, sobretudo a partir da década de 1960, um dispositivo pedagógico da arte é organizado, no sentido de responder a uma urgência histórica do nosso tempo, qual seja: a de criar estratégias de acessibilidade à arte. Nesse contexto, o principal objetivo do trabalho consiste em compreender as formas pelas quais esse dispositivo “ensina-nos” modos de nos relacionarmos com as artes visuais hoje. Como corpus de análise, optou-se por privilegiar um espaço específico de enunciação, a saber: quatro materiais didáticos produzidos por instituições culturais, destinados a professores e alunos, cuja temática é a obra do artista gaúcho Iberê Camargo. Com base no pensamento de Michel Foucault (em especial, os conceitos de saber, poder e subjetividade), buscou-se identificar nesses materiais: a) a maneira como a arte aparece objetivada pelos regimes de saber do dispositivo; b) como esses regimes são fixados e quais relações de poder estão em jogo; c) e, por fim, o modo como os materiais orientam a forma pela qual o sujeito deveria aproximar-se das artes visuais. As análises desenvolvidas possibilitaram apontar que os museus, ao se definirem como instituições educativas, legitimam o atravessamento de certos discursos pedagógicos em sua estrutura, dentre os quais destaquei: o construtivismo piagetiano, o “movimento interdisciplinar” e a educação libertadora de Paulo Freire. Essa dinâmica de organização dos saberes, por sua vez, talvez explique o porquê de o público ser convidado, nas atividades pedagógicas, a trazer referências pessoais e, a partir delas, estabelecer relações com formas de existência do artista e seu processo criativo. |