Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Souza, Kelly Cristina de Oliveira |
Orientador(a): |
Axt, Margarete |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/72145
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Resumo: |
A presente dissertação tem por objetivo refletir sobre os modos de operar em sala de aula atrelados a uma ética da escuta, verificando os movimentos de instauração das vozes nas inter-relações entre professores, alunos e pesquisadores participantes do Projeto Civitas, que está vinculado ao Laboratório de Estudos em Linguagem e Cognição (LELIC) e ao PPGEdu/UFRGS, pertencendo à Linha de Pesquisa Educação: Arte, Linguagem e Tecnologia. Considerando que o movimento de escuta empática pode dar potência às relações dialógicas no grupo de formação, constituindo-o como lugar dialógico. São componentes centrais à escuta, aspectos como emoção, empatia, responsividade em relação à alteridade. Na ótica bakhtiniana, relação dialógica produtiva se instaura sempre que dois enunciados entram em relação específica de sentido quando confrontados entre si - produção no mundo real onde uma expressão toma forma, sendo enunciada. É pela interação dialógica que a escuta é tensionada, abrindo-se à inscrição polifônica de pontos de vista. Então, pergunta-se: será possível criar condições de interação tais que escuta e polifonia se constituam mutuamente, potencializando processos expressivos em sala de aula instituindo possibilidades de aprendizagem criativa? Como acompanhar tais movimentos, dando-lhes visibilidade? A Metodologia insere-se na modalidade de pesquisa-formação, em que os termos são mutuamente consti tuintes, num processo de circular, um não se fazendo sem o outro. A partir do grupo de formação docente, de seus estudos e enunciações, considera-se viabilidade de acompanhamento da sala de aula, seja pela via de filmagens pela própria professora (em situação de formação continuada), ou por alunos (ou até pela pesquisadora); seja pelas visitas da pesquisadora à sala de aula fazendo registros em seu diário de bordo; seja, ainda, pela via de narrativasrelatos de professoras no grupo de estudos. Análises pressupõem a centralidade dos enunciados com foco nas inter)venções relacionais no contexto situacional (enunciativo) da sala de aula. Entende-se in(ter)venção, segundo o que, o aspecto estático, ou de posse ou permanência, se dilui em tensão com o aspecto processual, singular, histórico, potencializando a inscrição polifônica das vozes. Achados apontam para uma escuta empática como potência para os processos de expressão polifônica, produzindo ressonâncias, ou seja, convergência nas relações de convivência e de aprendizagens criativas na escola. |