Construindo uma escuta da criança: sofrimento, ética e estética na escola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Araujo, Angélica Duarte da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15674
Resumo: Esta pesquisa surge na intenção de revelar as enunciações que não compreendemos ou não escutamos na escola, bem como quais enunciações das crianças desvelam esse sofrimento. Entendemos que tal sofrimento não se revela somente no verbal, e, para compreendê-lo, devemos observar também o extraverbal. Esse extraverbal não se revela só no corpo, no movimento enunciativo, ele compreende também o que acontece antes da enunciação. Usamos a fotografia, pois entendemos que nela a vida se revela, mas a foto não fala por si só. Esse verbal-corporal que a fotografia apresenta só faz sentido se cotejado com o extraverbal que confere sentido à fotografia. Nesse sentido, a fotografia apresenta-se como plano estético em que é possível ver o sofrimento presenciado no momento em que é retratada. Fazemos uso dela para revelar o extraverbal. Sabendo que o evento da alteridade é alegria e dor ao mesmo tempo, e que o humano no homem é a alteridade, este evento de alteração, de alteridade, é um encontro de alargamento, de dor. Existe, nesse lugar de convívio das crianças, esse lugar onde as crianças são esses sujeitos da educação, uma ideologia de que nele só há alegria, porque não compreendemos que o humano do homem na criança é o mesmo e o diferente no mesmo lugar, não reconhecendo esses lugares como lugares também de sofrimento e reafirmamos a concepção de que a infância é um lugar de amor e alegria. Sendo assim, qualquer dor na criança é considerado um desvio. Não temos o objetivo de reafirmar os desvios, mas sim desideologizar que a infância é um lugar de alegria, pois o homem é sempre o mesmo e o diferente no mesmo lugar. Nesse percurso, humanizamos a infância no sentido de reconhecer os eventos complexos de sofrimento como enfrentamento ao sofrimento, pois entendemos que o humano enfrenta e resiste ao sofrimento. No entanto, esta resposta não nos é acessível ao menos que aprendamos a compreender a criança para além do verbal