Perfil de antocianinas e potencial antioxidante de vinhos tintos brasileiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Dullius, Mariana de Vasconcellos
Orientador(a): Hertz, Plinho Francisco
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/60388
Resumo: A atividade antioxidante (AOX) de vinhos é decorrente, dentre outros fatores, da presença de substâncias fenólicas, como as antocianinas que, além de contribuírem para a formação da cor, devido a sua capacidade redutora, são capazes de neutralizar moléculas de radicais-livres. No presente trabalho, 92 amostras de vinhos tintos da safra 2008/2009, provenientes de diversas regiões do país, agrupadas de acordo com a sua similaridade (UF e fisiografia), foram analisados quanto à cor, através de parâmetros de luz, saturação e tonalidade; à concentração de antocianinas totais (por espectrofotometria diferencial e por CLAE); à caracterização dos pigmentos (por CLAE); à concentração de polifenóis totais (IPT) (pelo método de Folin Ciocalteau’s); e à atividade antioxidante (por DPPH+), sendo que as duas últimas características foram avaliadas sob a forma de evolução temporal. Os resultados mostram que, em relação ao perfil evolutivo, pelo menos um dos grupos difere (p<0,05) nos tempos. A região Vale do Rio São Francisco (VSF) exibiu, tanto os mais elevados valores de IPT em todos os tempos de análise [(tzero=4.516; t25=3.516; t35=2.475; t45=2.027; t55=1.598) mg.L-1 GAE], quanto a mais alta AOX, nos quatro primeiros dos cinco momentos avaliados. A região Oeste do Paraná (OPR) apresentou os mais baixos resultados para ambos os parâmetros considerados em todos os tempos medidos, sendo que os valores de IPT corresponderam a 47, 52, 54, 58 e 63% e os valores de AOX a 49, 55, 57, 61 e 79% dos valores encontrados para VSF. No decorrer das 55 semanas avaliadas, as diferenças entre os grupos tende a diminuir. Em relação aos pigmentos, 12 padrões comerciais permitiram comparar os vinhos no que diz respeito as presença e a quantificação destes compostos. À exceção de dois, todos os vinhos analisados por CLAE confirmaram a malvidina-3-monoglicosídeo (Mv-3G), como o composto antociânico predominante. O Vale dos Vinhedos (Vvi) apresentou os maiores conteúdos, tanto do pigmento majoritário da uva (Mv-3G – 38,66 μ.L-1), quanto da cianidina-3-monoglicosídeo (Cn- 3G – 0,914 μ.L-1), composto antociânico mais relatado em alimentos. Correlações fortes e muito fortes foram observadas entre IPT e AOX e fortes entre antocianinas totais (expressas em Mv-3G por espectrofotometria diferencial) e Mv-3G (quantificada por CLAE). ANOVA mostrou que, em CLAE, não houve diferenças (p<0,1) entre as regiões, indicando que variações internas nos grupos, sobressaíram-se às evidenciadas pelas regiões, não sendo possível caracterizá-las conforme o tipo nem a concentração de antocianinas.