Caracterização fenólica e capacidade antioxidante de vinhos tintos do Hemisfério Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: SILVA, Tacila Mendes da
Orientador(a): VASCONCELOS, Margarida Angélica da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Nutricao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15685
Resumo: A vitivinicultura, comumente praticada em países da Europa, foi repassada no período da colonização à novas regiões, cujas diversidades geográficas e climáticas proporcionam a uvas e vinhos concentrações variadas de compostos fenólicos, uma fonte de antioxidantes, capazes de redução e prevenção do risco de doenças. Este trabalho teve como objetivo verificar a existência de correlações entre composição fenólica e atividade antioxidante de vinhos tintos elaborados por quatro distintos países do hemisfério sul. A pesquisa foi constituída por dez amostras de vinhos tintos comerciais, a partir das variedades de uva, Cabernet Sauvignon (CS) e Syrah (SY), safra 2012, produzidos no Brasil (Vale do São Francisco (VSF) e do Rio Grande do Sul (RS)), no Chile, na Austrália e na África do Sul. Os vinhos foram avaliados por meio de análises, físico-químicas, espetrofotométricas e cromatográficas, com determinação e quantificação de compostos fenólicos, parâmetros cromáticos (intensidade de cor, tonalidade e % de vermelho, amarelo e azul) e capacidade antioxidante (% de inibição do DPPH*). As análises foram submetidas ao teste de variância (ANOVA), utilizando o teste de Duncan para comparação. Quanto as análises físico-quimicas clássicas, exceto o pH que apresentou valores elevados, todas as amostras estavam coerentes com os achados da literatura. Todos os vinhos estudados apresentaram elevada capacidade antioxidante (96,80- 95,01% (SY) e 97,47-94,0% (CS)) e valores elevados de polifenóis totais, com valores mínimo, 1421,5 e 1045,4 mg.L-1 e máximo, 1905,7 e 3052,72 mg.L-1 em equivalente de ácido gálico (EAG), exibidos por uvas do tipo SY e CS, respectivamente. Elevadas correlações foram verificadas entre a capacidade antioxidante e polifenóis totais em vinhos do Chile, Rio Grande do Sul e Vale do São Francisco, da uva Syrah, e da África, Chile e Vale do São Francisco, da Cabernet Sauvignon. O conteúdo de antocianina apresentou diferenças significativas entre todos os vinhos avaliados de ambos cultivares. Os resultados referentes à caracterização cromática foram elevados para todos os parâmetros, revelando os vinhos pesquisados como envelhecidos. Neste estudo, o isômero trans- resveratrol não foi detectado em nenhuma das amostras avaliadas, contudo, a concentração do isômero cis- detectada variou de 0, 00 a 0,32 mg.L-1 nos vinhos CS e 0,00 a 0,29 nos vinhos SY. Dentre os ácidos pesquisados, o gálico apresentou superioridade, porém foi não encontrada correlação do mesmo com a capacidade antioxidante. Estes resultados apontam para a influência do tipo de fenólico, presente nas variedades de uvas, sobre a capacidade antioxidante destes vinhos.