O impacto prognóstico da invasão da pleura visceral por metástases de sarcoma de tecidos moles e osteosarcomas nos pacientes submetidos a metastasectomia pulmonar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pinto, Bruno Maineri
Orientador(a): Saueressig, Mauricio Guidi
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/273690
Resumo: Objetivo: avaliar o impacto da invasão da pleural visceral na sobrevida de pacientes com metástases pulmonares de sarcomas de tecidos moles e osteossarcomas submetidos à metastasectomia pulmonar. Métodos: revisamos retrospectivamente 133 casos de metastasectomia pulmonar, devido ao sarcoma de tecidos moles e osteosarcomas, no Toronto General Hospital, no Canadá, de janeiro de 2010 a dezembro de 2019. As informações foram coletadas usando como base a primeira metastasectomia pulmonar registrada no prontuário eletrônico do paciente no referido hospital. Resultados: ao todo, 133 pacientes foram submetidos à metastasectomia pulmonar por sarcoma de partes moles e osteossarcoma no Toronto General Hospital, em Toronto, Canadá. O acompanhamento médio foi de 65 meses. A mediana do intervalo livre de doença foi de 23,4 meses. Para toda a coorte, a sobrevida global em 5 anos foi de 48,9%. A invasão da pleura visceral foi observada em 61 pacientes (46%). A sobrevida para pacientes com invasão da pleura visceral, em 3 e 5 anos, foi de 49,2% e 41%, respectivamente. Ao todo, 32 (21%) pacientes tiveram recorrência de doença na pleura parietal, sendo que 18 (29%) apresentavam invasão da pleura visceral. A sobrevida em 5 anos para pacientes com recorrência de doença em pleura parietal foi de 22,6% (P<0,001). A invasão da pleura visceral foi associada a um pior prognóstico (OR=1,89; IC 95%, 1,07 - 3,35; P=0,027), bem como o intervalo livre de doença ≥ 24 meses foi relacionado a um melhor prognóstico (OR=0,175; IC 95%, 0,08 – 0,35; P<0,0001). Conclusão: a invasão pleural visceral foi considerada um fator preditor significativo de morte em 3 anos em pacientes com metástases pulmonares de sarcoma. A invasão da pleura visceral foi associada a uma pior sobrevida, porém, não foi relacionada à recorrência de doença na pleura parietal. Dada a heterogeneidade e complexidade desses tumores associados à doença em estágio avançado, novos estudos são necessários para melhor entender o real impacto desses achados.