Perfil sociodemográfico e fatores associados a desfechos desfavoráveis entre pacientes hipertensos e diabéticos em um serviço de Atenção Primária à Saúde de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Nascimento, Suliane Motta do
Orientador(a): Sirena, Sérgio Antônio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/87215
Resumo: INTRODUÇÃO: As doenças crônicas não transmissíveis causam um grande impacto na morbimortalidade da população e representam um alto custo social. A Atenção Primária à Saúde deve desempenhar um papel fundamental no processo de atenção a estes agravos. OBJETIVO: Determinar o perfil sociodemográfico de pacientes que apresentam desfechos desfavoráveis, cadastrados em uma ação programática específica para abordagem de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus, de um serviço de Atenção Primária de Porto Alegre. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional, em que foi utilizada base de dados com 2.415 indivíduos maiores de 18 anos, de Porto Alegre, RS, em usuários do SSC/GHC, com diagnóstico de HAS e DM. As variáveis utilizadas foram: internação por HAS, DM ou suas consequências; amputação de membros inferiores como consequência de lesão vascular; ocorrência de acidente vascular cerebral; ocorrência de isquemia cardíaca, sexo, idade, escolaridade, classificação socioeconômica, atividade física regular, tabagismo, uso abusivo de álcool, peso, consulta de enfermagem, participação em grupos educativos na Unidade Básica de Saúde e autopercepção de saúde. RESULTADOS: Indivíduos com diagnóstico de HAS e DM, houve predomínio do sexo feminino (68%). A média de idade foi de 63,2 anos (dp= 13,7). Destes, 516 (21,4%) apresentaram desfechos desfavoráveis. As prevalências encontradas foram de 10,7% de IAM, 6,3% de AVC, 0,8% de amputação e 7,3% de hospitalização. No grupo de indivíduos com desfechos desfavoráveis, houve predomínio do sexo masculino (24,7%; p=0,003) e faixa etária acima de 60 anos (22,1%; p=0,002). A presença de desfechos desfavoráveis esteve diretamente associada a participação em grupos de educação em saúde (RP=1,52; IC95%=1,12-2,05), ao uso abusivo de álcool (RP=1,45; IC95%=1,08-1,93), tabagismo por mais de 20 anos (RP=1,29; IC95%=1,07-1,55), associação de HAS e DM (RP=1,29; IC95%=1,09-1,51) e autopercepção de saúde regular ou ruim (RP=1,64; IC95%=1,39-1,94). CONCLUSÕES: Apesar de acompanhados em um Serviço de APS qualificado, observa-se uma alta prevalência de desfechos desfavoráveis em pessoas HAS e DM.