Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Vilella, Lucas de Marques |
Orientador(a): |
Ribeiro, Andrea Machado Leal |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/233220
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Resumo: |
Dietas simples oferecem um desafio aos animais principalmente na fase pós desmame, o que pode levar a diversos distúrbios do trato gastrointestinal causados por fatores nutricionais ou pela formação de um ambiente propício ao desenvolvimento de patógenos, podendo ter como resultado a presença de diarreia. Compostos de tanino condensado podem atuar de maneira benéfica nestas circunstâncias. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de um composto de taninos condensados para suínos com 21 dias de idade, recebendo uma dieta simples. Foi avaliado desempenho, digestibilidade aparente do trato total, escore fecal e presença de diarreia, microbioma intestinal e duas citocinas anti-inflamatórias (IL-4 e IL-10). Foram utilizados 32 leitões, peso médio de 6,3 ± 0,78, oito animais por tratamento, assim distribuídos: Controle negativo - dieta basal com 80 ppm de ZnO; Controle Positivo - dieta basal com 2500 ppm de ZnO; Taninos condensados 1 e 2 g/kg de ração – Controle negativo com inclusão de 1 g/kg ou 2 g/kg de composto de taninos condensados. Foram formuladas dietas para as fases pré-inicial (1 a 14 dias pós-desmame) e inicial (15 a 28 dias pós-desmame), com 70 e 35 g/kg de lactose e 360 a 373 g/kg de farelo de soja, respectivamente e sem zinco suplementar. No total foram 28 dias de experimento que finalizou com animais com 49 dias de idade. Foram feitas medidas de peso e de consumo aos 0, 7, 14, 21 e 28 dias pós desmame, e sobras de ração foram medidas diariamente. Com estes dados foram obtidas as medidas de desempenho (consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar). Entre 7 e 14 e 21 e 28 dias pós desmame foram feitas coleta de fezes e urina para avaliação da digestibilidade aparente do trato total para matéria seca, energia, proteína, retenção de nitrogênio e metabolizabilidade da energia. A ocorrência de diarreia e avaliação do escore fecal foi feita diariamente. Ao final do experimento, quatro animais por tratamento, foram eutanasiados e as seções do trato gastrintestinal foram identificadas e isoladas para evitar trânsito de conteúdo. Uma amostra de 3 mL do conteúdo cecal foi coletada para análise de microbioma intestinal e um segmento de 5 cm do trato, situado entre o jejuno-íleo para análise de citocinas anti-inflamatórias (IL-4 e IL-10), ambos armazenados a - 80oC. Do conteúdo cecal foi extraído o DNA com o kit ZR fecal DNA MiniPrep da Zymo®, quantificado, amplificado e seqüenciado pelo “MiSeq” Illumina® e posteriormente analisado na plataforma QIIME (Quantitative Insights Into Microbial Ecology). A análise de citocinas foi feita através de qPCR, utilizando primers específicos para cada alvo. Foram feitas as análises estatísticas no software MiniTab de acordo com cada variável. Não foram encontradas diferenças entre os tratamentos para nenhuma resposta de desempenho nos períodos avaliados. Também não houve diferenças para as respostas de digestibilidade e metabolizabilidade. As fezes produzidas pelos leitões que receberam dietas com taninos apresentaram-se mais úmidas (p<0,01). Os tratamentos não influenciaram maior produção de IL-4 e IL-10 aos 28 dias. No entanto, o tratamento com 2 g/kg de composto de taninos condensados, proporcionou uma maior razão Firmicutes/Bacteroidetes o que indica modulação benéfica na microbiota gastrintestinal. O mesmo tratamento mostrou maior incidência dos gêneros Mitsuokella e Acidaminococcus, que podem ser benéficos ao desempenho. O uso de taninos condensados sobretudo no nível de 2 g/kg de ração apresenta benefícios para os leitões em situação de desafio intestinal. |