Mananas e glucanas em dietas para leitões recém-desmamados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Alvarenga, Patrícia Versuti Arantes [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/132900
Resumo: A utilização de prebióticos na nutrição animal vem sendo amplamente estudada, uma vez que a utilização de antimicrobianos está restrita e/ou banida de vários países. Dentre estes, destacam-se os oligossacarídeos de parece celular de levedura, mananas e glucanas, os quais têm seus efeitos ainda não totalmente esclarecidos sobre a nutrição de leitões desmamados. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito da inclusão de mananas e glucanas na dieta de leitões recém-desmamados, dos 24 aos 66 dias de idade, sobre o desempenho, incidência de diarreia, tempo de trânsito gastrintestinal, e características morfofisiológicas e microbiológicas do trato gastrintestinal [pH, concentração de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), ácido lático, análise microbiológica e estrutura do intestino delgado]. Foram utilizados 96 leitões desmamados aos 24 dias de idade (7,7 ± 1,76kg), distribuídos em um delineamento em blocos casualizados de acordo com os tratamentos: Controle positivo: dieta com antimicrobiano (40ppm de sulfato de colistina, na 1ª fase); Controle negativo: dieta sem adição de aditivos; N+CA: Controle negativo com adição de 0,10% de MOS e 0,18% de β-glucano; N+CB: Controle negativo com adição de 0,036% de MOS e 0,040% de β-glucano; com 8 repetições por tratamento e 3 animais por unidade experimental. A suplementação com MOS e β-glucano não influenciou (P>0,05) as variáveis de desempenho, microbiologia, AGCC, ácido lático e o tempo de trânsito gastrintestinal. Os animais do tratamento CN apresentaram as menores (P<0,05) alturas de vilosidades no duodeno e jejuno. Os leitões do tratamento N+CA apresentaram maiores (P<0,05) alturas de vilosidades no duodeno, comparados aos do CP. Para a variável profundidade de cripta, os leitões do tratamento CN apresentaram os maiores valores (P<0,05) no duodeno, e para o jejuno, aqueles que receberam N+CA e N+CB apresentaram as menores (P<0,05) profundidades, comparados aos do CP e CN, e os do CP foram menores (P<0,05) que os do CN. A relação AV:PC foi maior no duodeno, nos animais que receberam N+CA e N+CB, comparados ao CP e CN, e os do CP apresentaram melhores (P<0,05) resultados comparados aos do CN. No jejuno, os leitões do tratamento CN apresentaram piora (P<0,05) na relação AV:PC comparados aos dos demais tratamentos. Os tratamentos não influenciaram (P<0,05) a contagem de células caliciformes no duodeno, coloração Alcian Blue, porém, no jejuno, houve aumento na expressão destas células para os animais suplementados com os prebióticos e antibiótico. Para a contagem de células caliciformes, coloração PAS, os animais do tratamento CN apresentaram as menores (P<0,05) contagens no duodeno e jejuno. A incidência de diarreia foi maior para os animais do tratamento CN comparados aos dos demais tratamentos. Houve diminuição (P<0,05) do pH estomacal para os animais dos tratamentos N+CB e CP, e diminuição no pH do duodeno para os dos tratamentos N+CA, comparados ao CP. Os prebióticos estudados levaram os animais a apresentarem resultados semelhantes ou melhores que os que receberam antibióticos para algumas variáveis, o que demonstra que a utilização destes prebióticos foi capaz de modular o trato gastrintestinal, mantendo o mesmo padrão de desempenho e, assim, podem ser utilizados em substituição ao antimicrobiano.