Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Dal Moro, Rafael Gustavo |
Orientador(a): |
Duncan, Bruce Bartholow |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/263419
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Resumo: |
Introdução: O diabetes é a doença não transmissível que mais aumentou a carga global de doenças. Espera-se que 94% dos novos casos de diabetes até 2045 ocorram em países de baixa e média renda. Dados do mundo real e soluções digitais têm sido usados pelos sistemas de saúde como um componente essencial para enfrentar o desafio imposto pelo diabetes. Os registros populacionais são uma dessas ferramentas. No entanto, sua implementação não é comum em países de baixa e média renda. Porto Alegre é uma cidade de 1,4 milhão de habitantes localizada no sul do Brasil. Nos últimos anos, sua Secretaria Municipal de Saúde tem produzido diversas soluções digitais para qualificar a assistência e a gestão em saúde. Objetivo: Descrever a construção de um cadastro municipal de pessoas com diabetes residentes em Porto Alegre e discutir potencialidades e desafios para vigilância epidemiológica e atendimento clínico. Métodos: Dados para os anos 2018-2021 foram obtidos dos seguintes sistemas de informação locais e nacionais: Dispensação de Medicamentos, Prontuário Eletrônico da Atenção Primária, Gestão de Consultas Especializadas, Gestão de Exames Ambulatórios, Regulação de Internações Hospitalares, Faturamento de Internações Hospitalares, Consultas de Urgência e Mortalidade Registro. Verificamos o diabetes por meio de códigos internacionais de diagnóstico (CID e ICPC) e códigos de medicamentos e procedimentos. Os dados foram deduplicados e mesclados por estratégias determinísticas e de ligação por similaridade em um único registro. Resultados: 73.185 pessoas com diabetes (5,2% de todos os residentes) foram identificadas. Prescrições de medicamentos (37.865; 51,7%) e consultas de atenção primária (26.237; 25,8%) contribuíram com a maioria dos casos para o registro. Conclusão: O registro inclui uma fração relevante de pessoas com diabetes atendidas no sistema único de saúde de Porto Alegre. Apesar das limitações de dados do mundo real, várias questões epidemiológicas e de pesquisa podem ser abordadas por meio dele, incluindo tendências na incidência e prevalência de diabetes e taxas de complicações e mortalidade. Além disso, novas iniciativas para monitorar a qualidade do atendimento e a adesão ao tratamento serão possíveis. |