Análise de sobrevida e perfil epidemiológico de casos de AIDS em Porto Alegre/RS : limitações e potencialidades da vigilância epidemiológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Beck, Caroline
Orientador(a): Ferreira, Jair
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/131161
Resumo: O acesso universal aos serviços de saúde e terapia antirretroviral foram importantes no aumento da sobrevida de pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA). A incidência de comorbidades crônicas, porém, aumentou proporcionalmente. Considerando a epidemia de AIDS no RS, especialmente em Porto Alegre, é preciso investigar a sobrevida de PVHA no contexto local, especialmente entre coinfectados HIV/Tuberculose. Dados foram obtidos pelo relacionamento dos bancos SIM e SINAN 2007-2012. Foi utilizado o modelo de regressão de COX para obter o hazard ratio, o método de Kaplan-Meier para estimativas de sobrevida O banco compreendeu 1800 casos notificados em 2007. Correspondem a 60% homens, brancos em sua maioria (67%), com mediana de idade igual a 37 anos (AIQ=14), a maioria dos casos possui baixa escolaridade. Cerca de 70% adquiriu a doença via transmissão sexual. Comparados aos casos notificados por critério óbito, os óbitos totais tem maior proporção de indivíduos de raça/cor preta (46,1% e 32,5%, respectivamente) e maior freqüência de indivíduos do sexo masculino (40,0% e 27,8%, respectivamente). A proporção de dados incompletos também é maior para a escolaridade (72,1% e 68,7%, respect.), contagem de CD4+ (76% e 68%, respect.). Na análise bivariada a transmissão sanguínea, raça/cor negra e baixa escolaridade foram fatores associados a maior risco de óbito. Sexo feminino e idade acima de 30 anos foram fatores associados a menor risco de óbito por AIDS Raça/cor negra, transmissão do HIV pro via sanguínea, presença de infecção por TB e baixa escolaridade são fatores associados à mortalidade aumentada no modelo multivariado. A sobrevida média foi de 1.495 dias (IC 95% 1449 – 1550). O percentual de dados incompletos sugerem que o relacionamento dimensiona a subnotificação mas não qualifica o processo de vigilância. O Critério Óbito representa a perda de oportunidades de intervenção em eventos preveníveis e pode servir como indicador negativo da vigilância.