Aplicação de casca de amendoim ativada com NaOH como biossorvente na remoção de bisfenol A em matriz aquática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Michael José Batista dos
Orientador(a): Brum, Irineu Antônio Schadach de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/201379
Resumo: A água é um recurso natural renovável, contudo, seu ciclo de renovação é lento e, portanto, o uso inadequado e a poluição comprometem a saúde e manutenção dos ecossistemas, impactando o próprio homem de forma incisiva (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2008). A contaminação química da água proveniente de poluentes industriais tais como Pesticidas, fármacos e plastificantes (como o Bisfenol A) geram impactos ao meio ambiente e à saúde pública. Os desreguladores (ou disruptores) endócrinos, como o Bisfenol A (BPA), são compostos encontrados na água em quantidades traço, mas a baixa exposição concentrações deste desregulador endócrino, já é capaz de causar danos à saúde, uma vez que o BPA se acumula no organismo e a biomagnificação ocorre ao longo de muitos anos. Este composto é um disruptor endócrino e está cientificamente associado a doenças alérgicas, hiperatividade em crianças e problemas metabólicos (Barrios-Estrada et al., 2018). A adsorção se intensificou no estudo e no desenvolvimento direcionado para a remoção de compostos químicos com ação de disruptores endócrinos fenólicos, como o BPA, existentes em matriz aquática (ZIELISKA et al., 2019). Biossorção consiste no processo de adsorção, no qual os sólidos de origem biológica são usados na retenção de poluentes especialmente em um ambiente aquoso. A biomassa pode ter seu potencial de biossorção aumentado a partir da ativação química, aumentando a disponibilidade dos sítios ativos de grupos funcionais e, com isso, melhora o desempenho da adsorção do poluente ao adsorvente, removendo de forma mais eficiente tais micro contaminante (GROSSI, 2017). Portanto, este trabalho visa a remoção do micropoluente BPA através do processo de adsorção (ou biossorção), utilizando como biossorvente a casca de amendoim (Arachis hypogaea L.) ativada (modificada) com hidróxido de sódio (NaOH), retendo o BPA na biomassa e, consequentemente, purificando a matriz aquática. Foi possível constatar que os fatores ótimos de operação foram: 60 min de tempo de contato; 0,3 g de casca de amendoim ativada, granulometria das partículas do adsorvente retida em peneiras de 0,177mm (80#), alcançando o percentual de remoção de 60,9% para uma capacidade adsortiva de 3,79 mg.g-1 de BPA por g casca de amendoim ativada com NaOH. Quanto a destinação final adequada do resíduo sólido da adsorção sugerida é a geração de energia através da combustão, visto que o resíduo da adsorção apresenta admissível poder calorífico de 2.364,01 Kcal Kg-1.