A construção da agricultura ecológica : racionalidade da organização do Sistema Rede Ecovida no Litoral Norte do RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Vieira, Rafael Campos
Orientador(a): Gehlen, Ivaldo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/15446
Resumo: O presente trabalho é um estudo acerca da racionalidade da organização da rede de trabalho envolvendo agricultores familiares adeptos da produção ecológica de alimentos. Aqui, privilegiou-se entender o que explica a organização deste sistema de trabalho. Assim, como objetivo geral tem-se a contribuição para os estudos relativos a Agricultura Familiar , a partir da análise da racionalidade da organização das instituições de agricultores que integram o referido sistema. Para alcance deste objetivo, definiu-se como objetivos específicos Identificar a atuação da organização do sistema no desenvolvimento do trabalho das instituições de agricultores. Apontar quais as influências do mercado na racionalidade dos agricultores que compõe o sistema.Uma das hipóteses formuladas previa que a organização do sistema atua no desenvolvimento do trabalho das entidades que compõem o sistema possibilitando o compartilhamento de técnicas mas não o compartilhamento de maquinários, tal hipótese se confirmou apenas em parte. Pois dentro do sistema tanto técnicas quanto maquinários são compartilhados. Formulou-se como segunda hipótese que o mercado influi na racionalidade dos produtores, impondo-lhes condições de qualidade dos produtos para comercialização, mas não a necessidade pela busca de produtos produzidos em regiões diferentes da área de origem dos agricultores.Quanto a esta hipótese, esta confirmou-se em parte, uma vez que além da busca pela qualidade nos produtos os consumidores buscam produtos que são produzidos em outras regiões, diferentes das regiões de onde os produtores são provenientes.Resgatando a idéia privilegiada de se entender o que mantém o funcionamento de tal sistema de trabalho, compreende-se que este é mantido por uma forte característica identitária e de mercado que conduz os agricultores integrantes deste sistema a se sentirem uma categoria diferente de agricultores, com suas próprias práticas de trabalho e de relacionar-se entre si e entre seus clientes, classificando-se assim como agricultores ecológicos, sendo este reconhecimento percebido tanto pelos seus consumidores quanto pelos próprios agricultores praticantes da agricultura ecológica.