Bem-estar subjetivo, uso de redes sociais on-line e autoconceito na infância e adolescência durante a pandemia do COVID-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Gehlen, Gabriela
Orientador(a): Bedin, Lívia Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/238853
Resumo: Esta dissertação investigou como o uso das redes sociais on-line pode estar relacionado ao autoconceito e ao bem-estar subjetivo na infância e adolescência. Foram realizados dois estudos principais: o Estudo 1, que apresenta uma revisão sistemática de literatura visando a compreender como os estudos atuais associam o uso das redes sociais on-line ao autoconceito e seus desdobramentos na saúde mental e no bem-estar subjetivo. Os resultados indicaram que o uso das redes está associado a desfechos negativos quando o adolescente carece de rede de apoio presencial, com maior impacto nas meninas, principalmente em relação à comparação social e ao desenvolvimento da autoestima. O impacto positivo das redes se faz presente na revisão de literatura nos casos em que o adolescente tem dificuldade de socializar presencialmente, e usa as ferramentas virtuais como forma de testar suas habilidades sociais. Ainda, foi possível neste estudo mapear quais as redes de maior uso entre os adolescentes, e quais as particularidades e o grau de nocividade de cada uma, conforme seu uso. O Estudo 2, de caráter qualitativo, é um estudo com grupo focal on-line, com nove crianças e adolescentes, que participaram de uma discussão sobre autoconceito, redes sociais, e os atravessamentos da pandemia nas formas de uso, e a percepção do seu bem-estar subjetivo. O grupo focal foi conduzido seguindo um roteiro semiestruturado, e posteriormente foi transcrito e analisado utilizando a ferramenta MAXQDA. Foram identificadas quatro grandes categorias de análise: autoconceito físico, impacto das redes no bem-estar, autoconceito acadêmico e forma de uso das redes. Discute-se os resultados de acordo com a literatura e sugere-se estudos futuros no contexto brasileiro que investiguem as diferenças sociais, de gênero e culturais desse fenômeno, para que subsidiem práticas de orientação sobre o uso seguro das redes sociais, e na prevenção de adoecimentos oriundos do impacto dessas no bem-estar subjetivo dos adolescentes, principalmente durante a pandemia.