Imunorregulação da gestação : rumo ao sucesso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Vianna, Priscila
Orientador(a): Chies, Jose Artur Bogo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/28434
Resumo: Durante a gestação, o corpo feminino sofre diversas alterações endócrinas, físicas, psicológicas e imunológicas. O sistema imune materno está em íntimo contato com o feto, que pode ser comparado a um alloenxerto, pois possui 50% de material genético paterno. Em 1953, o cientista e prêmio Nobel Peter Medawar foi o primeiro a formular o conceito de que o embrião representa um transplante para o sistema imune materno estando, portanto, vulnerável à rejeição ou tolerância imunológica. Portanto, como o feto não é rejeitado pela mãe? A interação imunológica que ocorre ao longo da gestação, é mantida até o período de amamentação. Neste trabalho avaliamos alguns componentes do sistema imune que variam durante a gestação, nos focando nos mecanismos que regulam a rejeição do feto pelo sistema imunne materno. Investigamos o papel de polimorfismos nos genes da lectina ligadora de manose (MBL) e da molécula imunomodulatória HLA-G em gestantes saudáveis ou com pre-eclampsia, assim como o balanço no perfil de produção de citocinas TH1 ou TH2 (IFN-, IL-4, IL-6, IL-2, IL-10 e TNF-) na gestação de sucesso. Ainda discutimos o papel da exposição materna aos leucócitos paternos e a ocorrência de atopias na infância. Observamos que variantes alélicas de HLA-G e MBL estão relacionadas ao desenvolvimento e gravidade da pré-eclampsia. Gestantes saudáveis apresentaram perfis de proliferação de celular e freqüências de células NK elevados. Um alto perfil de proliferação celular foi observado também em mulheres saudáveis durante a primeira gestação em comparação a mulheres multíparas. Não observamos diferenças estatísitcas em relação aos níveis de produção de citocinas ao longo de gestações saudáveis. Apesar do óbvio envolvimento e importância de aspectos imunológicos na gravidez, não está claro até o presente momento como o organismo humano consegue tolerar a presença de um feto imuno-incompatível durante o período gestacional completo.