AIDS e gestação: retratos de histórias de vida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Sobral, Laína Maíza dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=24390
Resumo: Este estudo consiste numa compreensão do sentido de ser portadora do HIV e vivenciar uma gestação, através da Produção dos Sentidos e Práticas Discursivas. O problema em questão surge diante da realidade que, no Brasil, já foram notificados 54.660 casos de AIDS no sexo feminino. Entre estas, em 2001, 17.200 deram à luz. E destas, por sua vez, 11.300 fizeram o parto sem nem mesmo saber que tinham o vírus. Tais números nos fez indagar algumas questões: Como se sente uma mulher sabendo que é portadora e está grávida? Ela é ciente que pode passar o vírus para o seu filho? Como descrever suas experiências, sentimentos e emoções? Assim, uma vez que objetivávamos, especialmente, conhecer experiências, sentimentos e emoções vivenciados por portadoras do HIV durante a gestação; investigar o contexto familiar na história de vida dessas mulheres; relacionar fatores de motivação para a gravidez apesar do HIV e identificar modos de enfrentamento de uma gestação diante do HIV; adotamos a proposta de SPINK (1999) como o referencial teórico-metodológico deste trabalho e associamos tal perspectiva ao estudo da História de Vida. Tendo como base epistemológica o Construcionismo, a investigação trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo estudo de caso, que utilizou como instrumento de coleta de dados a entrevista. Foram analisados 3 casos e a partir de sua histórias de vida, foram construídas as seguintes categorias temáticas: 1. Desdobramentos Complexos; 2. Modos de Enfrentamento. 3. Ações de Saúde Reprodutiva. Cada uma dessas categorias teve suas unidades descritivas expressas em mapas de associação de idéias. Para a primeira, as unidades descritivas foram: 1. História de Vida; 2. Contexto Familiar; 3. Ser mãe/mulher/parceira sexual. E para as outras duas categorias temáticas, as unidades descritivas foram: 1. História da Vida; 2. Ser portadora; 3. Vivenciar uma gestação. Os resultados apontaram para uma vulnerabilidade social cujo conceito permeia também o conceito de cidadania, pois apresenta a possibilidade e a necessidade de respondermos como sujeitos ao problema da epidemia do HIV, transformando nossa realidade, propondo mudanças naquilo que nos expõe mais ao vírus e às suas consequências indesejadas, fazendo aquilo que sabemos e queremos para viver melhor em tempos de AIDS.