Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Mendonça, José Ricardo Costa de |
Orientador(a): |
Fachin, Roberto Costa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/16100
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Resumo: |
Esta tese explora as conexões entre o processo de gerenciamento de impressões (GI), o poder e a influência, como fenômenos do cotidiano das organizações. O gerenciamento de impressões é entendido como todas as atividades que um ator social (indivíduo, grupo ou organização) desenvolve no sentido de influenciar o modo como os outros o vêem, ou seja, a impressão ou a imagem que eles desenvolvem a seu respeito. O poder é definido como a capacidade de um ator de influenciar atitudes e comportamentos de um alvo. A influência social, por sua vez, é definida como o uso do poder, compreendendo as ações (ou inações) que caracterizam o exercício deste. O entendimento do GI, como um processo de influência, é amplamente aceito na literatura especializada, como indicam Goffman (1959), ScWenker (1980), Jones e Pittman (1982), Tedeschi e Melburg (1984), Rosenfeld, Giacalone, Riordan (2002), para citar apenas alguns. Assim, tendo como pressuposto que o gerenciamento de impressões é um meio de influência social '-e reconhecendo que nas organizações os gestores necessitam dispor de bases de poder e utilizar estratégias de influenciação para que possam desempenhar os seus papéis e fazer com que as tarefas sejam realizadas, buscou-se responder, basicamente, à seguinte pergunta de pesquisa: "de que forma os gestores utilizam processos de gerenciamento de impressões como um meio de poder e de influência social?". Segundo Giacalone e Rosenfeld (1989), 10 estudo do gerenciamento de impressão pode empregar uma metáfora teatral ou dramatúrgica para descrever a vida social. Sob esta perspectiva, as pessoas são atores, interpretando vários papéis, tentando agradar as audiências para ganhar os seus apoios moral, social e financeiro. Assim, a metáfora dramatúrgica foi utilizada neste estudo como um elemento analítico que, acredita-se, contribuiu para o melhor entendimento do GI, do poder e da influência nas interações sociais nas organizações. Adotou-se uma abordagem qualitativa para a coleta e para a análise dos dados e o estudo de caso como estratégia de pesquisa. Como locus para a realização do estudo de caso optou-se pela Sede da Administração Regional do SESC Pemambuco, localizada na cidade do Recife. O principal critério para a escolha da organização estudada foi o acesso do pesquisador à organização, o que se constituiu um fator decisivo na obtenção de dados e de informações. Considerando a abordagem qualitativa adotada e a intenção de resgatar a abordagem metodológica utilizada por Erving Goffman para o estudo do GI, optou-se por adotar como técnicas de coleta de dados o estudo de campo, a observação direta não-participante, a entrevista e a análise de documentos e artefatos culturais. O processo de triangulação foi realizado no sentido de procurar garantir a consistência dos resultados obtidos. Sob a perspectiva dramatúrgica, foram considerados como elementos centrais da investigação: os atores, os palcos e as audiências. Assim, o conceito de poder e os seus indicadores na percepção dos atores e das audiências foram identificados. Diversas estratégias e táticas de gerenciamento de impressões empregadas pelos Diretores e outros membros da organização em situações de interação, foram também identificadas. As estratégias de GI foram associadas às bases de poder apontadas por Raven (1990) e o processo de gerenciamento de impressões foi analisado com base no Modelo Poder/Interação de Influência Interpessoal (RAVEN, 1992). As atividades de GI foram descritas segundo as fases do processo dramatúrgico de gerenciamento de impressões, ou seja, enquadramento, roteirização, encenação e atuação (GARDNER e AVOLIO, 1998). Os resultados obtidos corroboram as relações entre GI, poder e influência, apontadas na literatura, e indicam outras relações entres estas categorias analíticas nas organizações. |