Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Heck, Vanessa Stumpf |
Orientador(a): |
Trentini, Clarissa Marceli |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/197198
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Resumo: |
A presente tese de doutorado teve por objetivo averiguar as possibilidades de auxílio a crianças com sintomas de ansiedade por meio do psicodiagnóstico interventivo de orientação psicanalítica (com referencial winnicottiano). Participaram dos estudos de caso seis crianças entre 6 e 11 anos, assim como seus pais. Para tanto, definiu-se uma bateria de teste e técnicas de avaliação para as crianças composta por: sessões lúdicas, teste R2, SCAS-CRIANÇA, Procedimento de Desenhos-Estórias (D-E) e o CAT-A. Ao longo dos encontros foram realizadas observações, assinalamentos e interpretações. Também foi aplicado nos pais o Teste de Rorschach e alguns cartões do CAT-A. As técnicas foram avaliadas por meio do método da livre inspeção, em uma abordagem qualitativa de perspectiva psicanalítica. Houve similaridades entre os casos avaliados. Dentre os aspectos comuns, todas as crianças tiveram experiências iniciais com um ambiente que não se mostrou suficientemente bom para prover suas necessidades afetivas. Observou-se que os pais da pesquisa também apresentaram problemas com as suas figuras materna e paterna, o que causou dificuldades de acolher as reais necessidades dos seus filhos. A falta de confiança no ambiente familiar pareceu se estender ao convívio social das crianças na escola. Observou-se que as falhas básicas do meio ambiente produziram ansiedade devido à ausência de ligação entre psique e soma, que culmina em um sentimento de despersonalização; e ansiedade correspondente à sensação de que o centro de gravidade da consciência foi passado do cerne para a casca, gerando um falso self para proteger o verdadeiro self . A maioria das crianças recorreu à submissão ao outro e à busca incessante por agradá-lo para não perder o seu afeto. Durante o Psicodiagnóstico Interventivo, o encontro entre os participantes e a pesquisadora permitiu que as crianças e seus pais se sentissem seguros, confiantes e aceitos, mesmo ao demonstrar seus sentimentos de agressividade. O fornecimento de holding e a vivência de um ambiente suficientemente bom, oferecido durante a avaliação/intervenção, permitiu que as crianças entrassem em contato consigo mesmas, conhecessem suas necessidades e desejos, podendo expressá-los sem sofrer retaliação ou perder o objeto amado. |