Preditores de cicatrização da mucosa na retocolite ulcerativa : um estudo de coorte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Elias, César Al-Alam
Orientador(a): Francesconi, Carlos Fernando de Magalhães
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/249456
Resumo: Introdução e objetivos: A cicatrização da mucosa tornou-se alvo terapêutico da Retocolite Ulcerativa pela associação com melhor prognóstico, menor risco de colectomia e câncer de cólon. Há escassez de dados sobre sua incidência e fatores a ela associados, sobretudo fora de ensaios clínicos. O objetivo deste estudo é verificar a incidência de cicatrização em pacientes com retocolite e verificar os fatores capazes de predizer a maior ou menor probabilidade de cicatrização. Métodos: Foi realizado estudo de coorte histórico e contemporâneo, com pacientes com RCU, maiores de 16 anos, acompanhados ambulatorialmente, no período de janeiro de 2013 à setembro de 2014. Cicatrização da mucosa foi considerada como Subescore Endoscópicode Mayo ≤ 1em colonoscopia de controle, desde que realizada no mínimo após 6 meses de tratamento. Fatores associados à cicatrização da mucosa foram identificados através de regressão logística. Resultados: Foram incluídos 160 pacientes (média de idade 47,6 ±14,1; mulheres 56,3%). A análise multivariada demonstrou maior probabilidade de cicatrização naqueles com apendicentomia prévia (RR=1,51 [1,24 – 1,84]) e menor com uso de corticoide ao longo do tratamento (RR=0,79 [0,63 – 0,98]). Houve ainda uma tendência de mais cicatrização naqueles com retite (RR= 1,29 [0,98 –1,71]). Cicatrização da mucosa foi identificada em 65,6%, sendo que 43,3% apenas em terapia com aminossalicilatos. Conclusão: Dois em cada três pacientes com retocolite atingem a cicatrização da mucosa quando avaliados em estudo de vida real, demonstrando ser factível a busca desse alvo terapêutico. Há maior probabilidade de cicatrizar nos pacientes com história de apendicectomia e uma tendência maior naqueles com retite. Aqueles que necessitaram uso de corticoide apresentam menor probabilidade de cicatrização.