(Re)pensando as artes visuais na formação do pedagogo : estratégias para a leitura de imagens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Evalte, Tatiana Telch
Orientador(a): Pillar, Analice Dutra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/202059
Resumo: Esta pesquisa buscou analisar a importância da leitura de imagens na formação do pedagogo, utilizando como base teórica a semiótica discursiva de A. J. Greimas e a Abordagem Triangular de Ana Mae Barbosa. A todo momento estamos interagindo com imagens apresentadas em diferentes tipos de suporte — outdoors, placas eletrônicas, telas, livros, revistas. Presenciamos uma grande transformação nos modos de interagir com outras pessoas, de compartilhar aquilo que estamos vivendo, e isso tem sido feito, principalmente, por meio de produções imagéticas. Ao refletir sobre o quanto nos deixamos envolver pelas imagens, interessa investir em uma educação que se preocupe com o visual. Há muito tempo preocupamo-nos em alfabetizar o verbal e hoje presenciamos uma necessidade de definirmos bases para a leitura do visual, já que estamos imersos em uma cultura fortemente visual. Trazer essas criações para discussão em um curso de formação de professores assume grande relevância, uma vez que hoje as crianças vêm interagindo, cada vez mais cedo, com produções imagéticas através de novas tecnologias, e a educação precisa problematizar os efeitos de sentido propiciados por essas criações. O corpus de análise da pesquisa envolveu quatro objetos: o livro de literatura infantil A quatro mãos, de Marilda Castanha; uma produção audiovisual da mídia televisiva, Astronauta, do Itaú; o desenho animado Gravity Falls: Dipper e Mabel contra o futuro; e a obra de arte O Triângulo do Atlântico entre tempos distópicos, do artista Arjan Martins. Cada um desses gêneros de produções está presente na vida tanto dos professores quanto das crianças. Num primeiro momento, as produções foram descritas e analisadas, buscando compreender os efeitos de sentido que as relações entre seus elementos e linguagens possibilitam. Em seguida, foi constituído um grupo focal com alunos de um curso de Licenciatura em Pedagogia, com o qual realizamos quatro encontros em que foram apresentadas, em cada um deles, uma das produções para a leitura. Foi elaborado um questionário/roteiro para cada uma das produções de modo a proporcionar e incentivar a leitura. Num terceiro momento, foi feito o cruzamento das leituras das produções realizadas pela pesquisadora com as leituras feitas pelos alunos do grupo focal. As análises evidenciaram grande interesse dos alunos na leitura de imagens, bem como na construção de sentidos a partir dos elementos presentes nas produções e em suas experiências. O questionário/roteiro elaborado foi muito pertinente ao desafiar os alunos a problematizarem o que estavam vendo. As conclusões apontaram que, ao nos lançarmos esse desafio, qual seja, o de problematizar a leitura de imagens para que tanto o pedagogo leia como possibilite atividades de leitura de imagens a seus alunos, buscamos contribuir para uma educação que enfoque a linguagem visual. Ao término dessa pesquisa, acreditamos ter constituído alguns subsídios, tanto para os professores que atuam na formação de licenciandos em Pedagogia, quantos aos que atuam na educação infantil e básica, para que possam propiciar a leitura de imagens no cotidiano de seus alunos.