Sistema de integração lavoura-pecuária : desempenho de novilhos superprecoces e variabilidade espacial do pasto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Wesp, Cristiane de Lima
Orientador(a): Carvalho, Paulo Cesar de Faccio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/27034
Resumo: A introdução de bovinos em pastejo em áreas destinadas ao cultivo de culturas de grãos possibilita maximização de renda no sistema, contribuindo para o benefício da cultura em sucessão, quando a intensidade de pastejo é manejada adequadamente. O objetivo deste trabalho foi avaliar em um sistema de integração lavoura-pecuária, os efeitos de diferentes intensidades de pastejo, em função de quatro alturas de manejo de uma pastagem de aveiapreta e azevém anual em sucessão à cultura da soja, bem como, a influência dessas alturas sobre o desempenho animal, a variabilidade espacial do pasto e a resistência mecânica do solo à penetração. Os tratamentos consistiram das alturas de manejo de pasto de 10, 20, 30 e 40 cm; e de um tratamento sem pastejo (SP). A coleta de dados realizou-se entre julho e novembro de 2008, no município de Tupanciretã, RS, Brasil. Foram utilizados novilhos de corte, provenientes de cruzamento entre as raças Angus, Hereford e Nelore, com peso médio inicial de 203 ± 1,7 kg. Esses foram distribuídos em um delineamento experimental de blocos completos ao acaso, com três repetições, onde permaneceram em pastejo por 122 dias. As alturas médias reais, encontradas para os cinco tratamentos avaliados, corresponderam a 14,1; 22,6; 32,0; 41,1 e 45,0 cm, respectivamente. As variáveis massa de forragem, oferta de forragem e palhada residual responderam de maneira positiva e linear ao incremento da altura do pasto (P≤0,0001). O desempenho individual, o peso vivo ao abate e as características de carcaça dos novilhos apresentaram resposta quadrática, e foram otimizadas em alturas de manejo do pasto próximas a 30 cm (P≤0,0305). As menores alturas de manejo proporcionaram maiores ganhos por área, em função da maior carga animal utilizada. A presença de animais em pastejo proporcionou variabilidade espacial de alturas ao final do ciclo de utilização da pastagem. O mesmo foi observado para a resistência mecânica do solo à penetração, principalmente, nas camadas superciais do solo. Os valores de resistência evidenciaram os efeitos do pastejo até a profundidade de 0,20 m, sendo esses crescentes com o aumento das intensidades de pastejo impostas. Os resultados demonstram que alturas próximas a 30 cm permitem maiores ganhos individuais, em função do aumento da quantidade de forragem disponível por animal, não havendo comprometimento da palhada residual destinada à cultura subseqüente nesses casos, nem dos atributos físicos do solo avaliados.