Comportamento em pastejo de novilhos numa pastagem de inverno submetida a diferentes alturas de manejo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Baggio, Carolina
Orientador(a): Carvalho, Paulo Cesar de Faccio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/11187
Resumo: Sistemas integrados de lavoura e pecuária têm, por paradigma, o efeito do animal no sistema. Esse efeito é função, dentre outros, do manejo da intensidade de pastejo e de como os animais reagem às estruturas de pasto decorrentes. O propósito deste estudo foi avaliar o comportamento em pastejo de novilhos de corte em diferentes estruturas de pasto e seus padrões de deslocamento. Investigou-se a hipótese de que diferentes alturas promoveriam alterações nos padrões de comportamento dos animais em pastejo. Neste sentido, este experimento foi conduzido em uma área de integração lavoura-pecuária da Fazenda do Espinilho, município de Tupanciretã – RS, de julho a novembro de 2005, em pastagem de azevém anual (Lolium multiflorum Lam.) e aveia preta (Avena strigosa Schreb.), que sucedia uma lavoura de soja. Manejou-se o pasto sob lotação contínua, com carga variável, em quatro alturas (tratamentos), a saber: 10, 20, 30, 40 cm, distribuídos em um delineamento experimental de blocos casualizados com três repetições. As avaliações foram realizadas no período diurno, por observação visual direta, em três datas de avaliações, duas delas coincidindo ao estádio vegetativo e a terceira ao reprodutivo. As diferentes estruturas criadas foram resultado de diferentes disponibilidades de forragem tendo em vista o aumento linear da massa de forragem (P<0,0001) com o aumento da altura do pasto. Em situações de menor disponibilidade de forragem observou-se que os animais apresentam comportamento de pastejo compensatório, aumentando seu tempo de pastejo diário (P=0,0208) e apresentando ciclos mais longos de refeições (P=0,0302). Além do mais, aumentam a taxa de bocados (P<0,0001), o número total de estações alimentares visitadas (P=0,0009), o número de bocados por estação alimentar (P= 0,0178), o número total de bocados (P<0,0001) e reduzem o tempo de ruminação (P=0,0443) e o tempo de permanência na estação alimentar (P=0,0142). Em termos de deslocamento, verificou-se que os animais procedem menos passos entre estações alimentares (P=0,0115) quando a forragem é limitante, porém, o número total de passos verificados é maior (P=0,0033) ao longo do período de pastejo. Para concluir, confirmou-se a hipótese de que os animais modificam seu comportamento em diferentes estruturas de pasto e, principalmente, alteram seu padrão de deslocamento, o que poderá implicar em conseqüências de impacto num sistema de integração lavoura-pecuária.