Escola do MST : utopia em construção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Morigi, Valter
Orientador(a): Ribeiro, Marlene
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/239870
Resumo: O que impulsiona o presente trabalho de pesquisa é verificar uma maneira de transformação da educação, o como é (se é) possível a mudança da escola que temos hoje, fragmentada, burocratizada, fechada em si mesma e excludente, para uma nova concepção de escola, com memória, liberdade e compromisso com um projeto de transformação para a sociedade, construído nas lutas e nas práticas cotidianas pelos Movimentos Sociais, neste caso, pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST. Proponho-me a identificar "in loco" a possibilidade concreta de realização da utopia do MST relacionada à educação, de poder (ou não) aplicar a pedagogia do movimento numa escola situada no assentamento. A simples localização geográfica no assentamento não a toma do assentamento, esta é uma conquista que exige um trabalho formativo, que buscarei verificar como ocorre. O caminho seguido foi realizar um estudo de caso em uma escola pública (Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora de Fátima), localizada num assentamento de trabalhadores rurais sem-terra (Assentamento de Trabalhadores Rurais Filhos de Sepé), que pode se apresentar como um território de disputa político-pedagógica (ou não), no qual tentei encontrar respostas às indagações sobre este assunto: será que a escola pública localizada no assentamento responde aos interesses do MST? De que forma consegue dar essa resposta, se consegue? E o MST, como contribui para aproximar a escola pública localizada no assentamento à escola desejada e descrita em sua pedagogia, encontrada em várias obras já publicadas? Enfim, a escola no assentamento é uma escola do assentamento? Se ela não é, pode vir a tomar-se uma escola do assentamento? Justifico a necessidade de confrontar a proposta da escola desejada com a escola real, possível de ser ofertada pelo poder público ou conquistada pelo assentamento dos trabalhadores rurais. Proponho-me, para essa finalidade, a observar e analisar o processo de convivência que se dá entre os "corpos docente e discente", e averiguar se esta escola pública que temos pode responder aos anseios e interesses da escola projetada pelo MST (ou não) e como se dá (ou não) isso.