Construção do conhecimento agroecológico : o processo das famílias produtoras de arroz no assentamento Filhos de Sepé, Viamão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Preiss, Potira Viegas
Orientador(a): Dal Soglio, Fabio Kessler
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/79025
Resumo: É através de ações propositivas e da prática cotidiana que novas formas de desenvolvimento rural, com perspectivas localizadas, estão sendo experienciadas ao redor do mundo, estando o florescimento da Agroecologia entre estas respostas. O processo de construção do conhecimento Agroecológico tem auxiliado a fortalecer a gestão da base de recursos de agricultores familiares, criando sinergia entre diferentes formas de produção de conhecimento e dinâmicas sociais de desenvolvimento local. O presente trabalho tem como objetivo investigar como as famílias assentadas em Viamão que estão em processo de transição agroecologica percebem o processo de construção do conhecimento. O Assentamento existe desde 1998, em Águas Claras, município de Viamão. É composto por 376 famílias, que provem de 115 municípios do estado e apresentam uma diversidade de experiências em relação à agricultura, as formas de produção e cultivos. É o maior assentamento de reforma agrária no estado, com 9.450 hectares, dos quais 2.543,46 hectares são destinados ao Refúgio da Vida Silvestre Banhado dos Pachecos, obrigando as famílias a produzirem de forma orgânica desde 2008. Ainda que o processo de transição seja recente, pela narrativa das famílias é possível constatar que o envolvimento com a Agroecologia tem se mostrado mais adequado para a condição camponesa em que estas se encontram, permitindo a ampliação da autonomia e melhoria da qualidade de vida em vários contextos. Assim, ainda que o engajamento das famílias na transição agroecológica tenha envolvido uma imposição legal, a permanência tem sido uma escolha. Os posicionamentos divergentes no Assentamento ajudam a evidenciar a transição agroecológica como um projeto em construção e disputa dentro do MST. A atuação do Estado no que diz respeito a leitura e aplicação da legislação ambiental, tem contribuído para a reprodução e ampliação de um contexto de restrição sobre o uso dos recursos, colocando em risco o trabalho e modo de vida das famílias.