Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Quadrado, Lauro Iglesias |
Orientador(a): |
Maggio, Sandra Sirangelo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/78150
|
Resumo: |
A produção artística contemporânea aborda com frequência a situação do sujeito urbano imerso em uma objetividade não acolhedora e não totalmente compreensível, em um contexto social tomado por uma quantidade de informação impossível de ser processada em sua totalidade. Partindo de uma consideração sobre as representações desta premissa tanto na linguagem literária quanto na musical, a presente dissertação tem por objetivo averiguar como se dá a construção da figura do sujeito contemporâneo nas obras do escritor estadunidense Philip Roth e da banda britânica Radiohead. Para tanto, foram selecionados como corpus de investigação o romance Everyman (2006), de Roth, e o disco OK Computer (1997), de Radiohead, por serem representativos da totalidade da obra de seus autores e também pela força criativa de suas idiossincrasias. O trabalho considera em que medida os meios de comunicação de massa vêm influenciando, nas últimas décadas, os modos de produção de arte e os conceitos estéticos que os embasam, e analisa de que maneira chegam a definir aspectos do comportamento do indivíduo dos dias atuais, a ponto de moldar suas relações interpessoais. As características interdisciplinares da pesquisa são abordadas através da teoria da transtextualidade proposta por Gérard Genette; as discussões sobre a sociedade contemporânea têm seu lastro teórico em ideias propostas por Gilles Lipovetsky e Zygmunt Bauman. O recorte temporal da discussão sobre cultura de massa inicia a partir do ingresso de aparelhos como o rádio e a televisão nas casas das pessoas por todo o mundo e avança até os dias atuais, enfatizando o papel do computador doméstico na aceleração do ritmo das mudanças, das relações e dos valores. Tudo isso tem reflexos no gosto e nas representações artísticas que vêm sendo produzidas, os quais são investigados neste trabalho, que se estrutura em três partes. A primeira apresenta um histórico das inovações mediais e das suas relações com a arte em geral. A segunda parte apresenta as obras de Philip Roth e do Radiohead e as liga a esse contexto. Por fim, depois de dissecadas as composições dos artistas estudados, elas são incorporadas à discussão sobre a sociedade contemporânea. Em cada seção, sempre que se necessário, outras obras dos autores e outras contribuições teóricas serão utilizadas como reforço das argumentações e exemplificações apresentadas. Ao término do trabalho, espero contribuir para a discussão sobre as questões aqui abordadas, bem como para o incentivo às aproximações acadêmicas entre a música popular e a literatura. |